O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vai analisar, em agosto, o projeto do governo para financiar obras de infra-estrutura. O projeto tem como meta investir nos setores de energia, ferrovias, estradas e portos. Atualmente, os recursos do Fundo são destinados à habitação, saneamento básico e transporte urbano.
De acordo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a decisão de aumentar o foco de investimento do FGTS é devido aos recordes na arrecadação do mesmo, resultando em 30% a mais por ano, provenientes do aumento no número de empregos formais nos últimos anos. Desta forma, já consta uma sobra de R$ 20 bilhões em patrimônio.
Além disso, outro fator de aumento na arrecadação do Fundo é relativo à burocracia para aplicação dos recursos, como ocorre no caso do saneamento básico, por exemplo. Há mais de R$ 3 bilhões disponíveis a serem aplicados neste setor, mas a liberação não ocorre por causa das limitações de endividamento das empresas do setor público. Para o ministro, por meio desta ampliação, os setores com grande capacidade para criação de emprego poderão ser potencializados, além de possibilitar uma fonte de financiamento de longo prazo para as empresas do setor privado.
O projeto prevê a destinação dos recursos do FGTS apenas a fundos de investimento voltados exclusivamente ao setor de infra-estrutura que estejam rentáveis, sem risco de retorno. %u201CTemos a necessidade urgente de criar uma efetiva condição da infra-estrutura no país para o processo de crescimento que estamos vivendo. Se não respondermos a essa necessidade de melhorar nossa infra-estrutura, teremos um grave problema mais a frente, pois haverá um teto para o crescimento do mercado de consumo e do mercado de trabalho. Esse é um gargalo que precisamos ajudar a superar. E o FGTS pode ser uma das saídas para gerar novos negócios%u201D, afirmou Marinho.
Fonte: Agência CNM