Zahyra Mattar – Notisul
Tubarão
Apesar de todos os contratempos – inclusive a questão que diz respeito à falta de recursos das construtoras -, o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) ainda mantém os prazos remanejados do ano passado, quando uma enchente assolou o norte do estado e causou impacto sobre as obras de duplicação do trecho sul da BR1-101.
Meta um: terminar toda a duplicação, exceto três das quatro obras de arte especiais até o fim do próximo ano. Dentro deste cronograma, está incluso o túnel do Morro do Formigão. Isto porque o Dnit trabalha com a possibilidade de lançar a licitação à obra ainda neste mês.
O projeto já foi aprovada e o Ibama já expediu, no mês passado, a licença ambiental prévia. “Este prazo já era previsto e acredito que seja cumprido. Com isso, a construção inicia no começo do próximo ano e termina em dezembro. Este túnel é curto, tem 500 metros, dá para começar e terminar tranquilamente em um ano”, avalia o superintendente sul do Dnit, Avani Aguiar de Sá.
A obra do túnel é orçada em R$ 50 milhões. Ainda deverão ficar para trás os pontos em que há estas obras de arte especiais, obviamente. Mesmo porque não há como terminar a total duplicação da pista, por exemplo, enquanto o túnel do Formigão não ficar pronto. O mesmo serve para outros pontos de estrangulamento: Morro dos Cavalos (Palhoça), contorno de Maracajá e a travessia da Lagoa de Cabeçudas, em Laguna.
Projeto da ponte é alterado
O projeto mais bonito de toda a duplicação da BR-101 sul foi alterado. A travessia da Lagoa de Cabeçudas, em Laguna, será feito por uma ponte estaiada de 400 metros. O que mudou foi justamente a ponte. A passagem continuará esteiada, mas com apenas um pilar. “Eram dois (pilares). Vai ficar mais bonito ainda”, revela o superintendente sul do Dnit, Avani Aguiar de Sá.
O orçamento previsto à obra é de R$ 400 milhões. Assim como o túnel do Morro do Formigão, o Ibama também já expediu a licença ambiental prévia. “Com isso, quem sabe, se eles se aligeirarem lá em Brasília, é possível lançar o edital ainda este ano. O objetivo era ter feito isso no começo deste mês, mas este mês já passou”, lamenta Avani.
De qualquer forma, o superintendente avalia que a obra não deverá iniciar muito depois da do túnel em Tubarão. O prazo de conclusão, porém, é um pouco maior, cerca de um ano e meio.
Já o Túnel no Morro dos Cavalos, em Palhoça, e o contorno de Maracajá devem levar muito mais tempo. O primeiro já tem projeto, mas ainda é preciso a aprovação. Já o elevado no extremo sul, deverá ser a última obra de duplicação. Não há projeto. O Dnit tentou fazer um aditivo à obra, mas o Tribunal de Contas da União não permitiu e terá que ser feita nova licitação. “Este ponto e o túnel no Morro dos Cavalos serão as últimas obras a serem feitas e a ficarem prontas”, reafirma Avani.