Mesmo sendo considerado uma região de terras férteis, Grão Pará/SC começa a sentir os efeitos da estiagem que atinge a região.
Safras de milho feijão (safrinha) sentiram a falta das chuvas e terão acentuada queda na produção.
Pastagens estão secando, nem todos os produtores contam com silos, o gado perde peso e a produção de leite deverá ter queda acentuada.
Suinocultores e avicultores racionam a água em suas granjas e sabem que os resultados no ganho de peso dos animais será fator negativo.
Até mesmo os piscicultores percebem os tanques e açudes com baixo nível de água, principalmente a água sem renovação o que causa crescimento lento dos peixes.
Famílias do interior estão recorrendo aos vizinhos em busca de água potável para o consumo, pois os poços e córregos desapareceram.
Enquanto isto, nos arredores do perímetro urbano, aumentou o numero de residências que passaram a ser atendidas pela SAMAE, pois igualmente os poços e fontes secaram.
Conforme levantamento fornecido pela EPAGRI/Urussanga, desde 1959 Grão Pará não sofre tamanha seca no mês de março, sendo que os números oficiais de abril ainda não foram computados.
Rodolfo Bonetti, Secretário Municipal de Planejamento e Urbanismo comenta: "Em 1959 tivemos uma seca em Grão Pará e região com apenas 27,6 milímetros de chuvas em março. Já em março deste ano o índice ficou em 31 milímetros e sabemos que os números de abril são ainda piores.
Não é tão comum as secas nesta época, pois a média histórica para março é de 165,9 milímetros e 89,6 milímetros para abril. O nível dos rios está baixíssimo, córregos secaram, poços estão sem água, produtores estão tendo perdas consideráveis e a persistir a estiagem, Grão Pará e região sentirão num futuro breve os resultados negativos, especialmente no que toca a produção agrícola", relata Bonetti.