A equipe de manutenção de vagões da Ferrovia Tereza Cristina, sob a orientação do engenheiro Abel Passagnolo Sergio, faz testes em modelo de vagão ecológico, confeccionado a partir de plástico reciclado. O projeto "Vagão de Plástico" é desenvolvido desde 2005, e tem como objetivo melhorar o desempenho dos materiais aplicados no vagão GHD, sem que acarrete num alto custo de manutenção da frota, ou que prejudique o meio ambiente. Este tipo de vagão, que é utilizado para transporte de carvão mineral, teve o revestimento lateral, que era em madeira de lei e o assoalho em chapa de aço, substituído por plástico reciclado.

"O plástico também pode ser utilizado como revestimento de outros tipos de vagões, substituindo a madeira ou placa compensada, desde que se façam as adequações de engenharia necessárias para o uso do novo material", destaca Passagnolo.

Segundo o engenheiro, o tempo de vida útil do material foi consideravelmente ampliado, preservando os recursos naturais. Dentre os benefícios da substituição estão a melhoria na retenção da carga impedindo vazamento de água pelos encaixes ou rompimento de tábuas, a diminuição do custo de manutenção corretiva e preventiva, a redução do tempo de descarga do carvão e a reciclabilidade dos rejeitos.

Atualmente, 21 unidades do vagão de plástico já estão circulando e outras três serão liberadas até o final do mês de abril.

Reconhecimento

A idéia que une os conceitos de preservação ao meio ambiente e baixo custo de manutenção, obteve segundo lugar no V Prêmio Amsted-Maxion de Tecnologia Ferroviária, entregue, no dia 23 de outubro de 2007, durante a feira ‘Negócios Nos Trilhos em São Paulo'. O projeto concorreu com outros, desenvolvidos por ferrovias e universitários de todo o país.

A FTC opera um trecho de 164 km de linha férrea, que passa por 12 municípios catarinenses, interligando o pólo carbonífero, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e o Porto de Imbituba.

Fonte: FTC