O consórcio responsável pela construção da ponte de Cabeçuda já está no município. Um escritório provisório foi montado. A área para o canteiro de obras, alojamentos e oficinas está sendo preparado, na SC-463, na localidade de Mato Alto.

Próximo passo será o cadastramento de profissionais pelo Sine de Laguna. Enquanto isso, o consórcio formado pela Camargo Correa, Martins e Construbase aguardam o licenciamento de instalação, do canteiro e de dragagem para iniciar o projeto, que terá um prazo médio de quatro anos.

O gerente de obras Jorge Palombo e o gerente administrativo financeiro José Alencar, da empresa Camargo Correa (gestora da obra) estiveram na Câmara de Vereadores prestando esclarecimentos sobre o andamento dos trabalhos, que ambos acreditam iniciar em dois meses.

Alencar, responsável pela gerência administrativa, explica que a obra irá envolver aproximadamente 1.500 funcionários, destes, uma parcela aproximada de 750 homens é mão de obra especializada, oriundos de obras já concluídas da empresa como a usina em Chapecó. O restante, aproximadamente 800 vagas serão disponibilizadas para Laguna, como operador de máquina, técnico administrativo, pedreiros entre outros. Os interessados devem procurar o Sine para fazer o cadastro, localizado na praça da Replública, no centro histórico.

A estrutura administrativa e maquinário do consórcio será instalado numa área de 10 hectares já alugado. O terreno tem acesso até a lagoa, pois segundo os profissionais, a parte de concretagem entre outras serão feitas em terra e levada por balsas até o local da ponte, serão utilizadas 15 a 20 balsas, envolvendo 20 engenheiros que já estão trabalhando no projeto. Uma rua na localidade de Mato Alto será desviada para o trânsito local. "Espero a compreensão da comunidade, pois transtornos e inconvenientes irão acontecer, isso faz parte do progresso", salientou Palombo.

Por se tratar de uma obra que irá durar quatro anos, nesta fase, os responsáveis pelo consórcio em Laguna, acreditam que muitos profissionais de outras regiões do Brasil deverão trazer suas famílias impulsionando o mercado imobiliário. "Estamos pedindo para que morem em Laguna", confessou o gerente administrativo.

De acordo com o gerente de obras, com a liberação da licença de instalação, as primeiras mudanças irão acontecer. O trecho terrestre de Cabeçuda deverá ser o primeiro a sofrer alterações. Desvios estão previstos.

Sobre a obra

A ponte sobre o canal de Laranjeiras deverá custar R$ 597 milhões.

O projeto será dividido em quatro etapas. Primeiro será feita a fundação no solo embaixo da ponte. As escavações terão 2,5 metros de diâmetro e serão protegidas por camisas metálicas. A mais profunda de todas ficará a 75,8 metros de profundidade.

As estacas serão armadas com vergalhões de concreto e, depois, preenchidas com concreto. Serão quatro equipes trabalhando ao mesmo tempo, em pontos diferentes da ponte.

A segunda etapa da obra será a construção dos pilares de concreto. Numa terceira fase, será feita a colocação dos mastros, com 50 metros de altura em relação ao pavimento da ponte.

Em cada lado dos mastros serão instalados 15 cabos, totalizando 60, que terão a função de sustentar e dar equilíbrio à estrutura. Por último, a obra entra em fase de acabamento, quando são colocadas as proteções laterais, pavimentação e pintura de faixas.

 

 

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