esde segunda-feira, até esta quinta-feira (15), técnicos e consultores intensificaram as reuniões e ações de apresentação do projeto da penitenciária de segurança máxima que o Governo do Estado pretende instalar em Santa Catarina. As reuniões foram realizadas no Centro de Imaruí e nas comunidades Cangueri, Aratingaúba e Forquilha do Rio D'una, contabilizando mais de 500 participantes. O município, no Sul do Estado, pode vir a receber a unidade prisional.
Uma das principais dúvidas apresentadas pela população foi com relação à segurança. Glauco Roberto Bichet dos Santos, agente penitenciário e funcionário da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania, esclareceu que a circulação de viaturas e policiais, por si só, já é um fator redutor da criminalidade. "Só a presença da penitenciária na cidade já dá ideia de mais segurança", comentou. O representante da Secretaria de Justiça também explicou que não há circulação de presidiários na cidade. A penitenciária será para detentos em regime fechado e tudo é feito dentro da própria unidade. "Há ambulatórios, escolas e oficinas dentro do complexo penitenciário, ninguém precisa sair". A construção da penitenciária, com tecnologias de ponta e planejamento, diminui a chance de fuga próximo de zero, acrescentou Glauco dos Santos. A penitenciária que o Governo pretende construir será de segurança máxima, com monitoramento completo de câmeras, barreiras para celulares, torres de controle, muros de concreto e todos os elementos para garantir que os presos não saiam.
Entre os dados apresentados nas reuniões, está a geração de cerca de 300 empregos diretos, prioritariamente para os moradores da cidade, aumentando a circulação de recursos no município. "São vagas de emprego para serviços gerais e para a administração da penitenciária. E mais uma série de empregos indiretos no comércio e nas empresas locais que atenderão a demanda da unidade", explicou Leandro Lima, diretor do Departamento de Administração Prisional (DEAP). O diretor, responsável pela administração de todas as penitenciárias e presídios do Estado, relatou que não é comum a favelização em volta da penitenciária.
Além do aumento da circulação de dinheiro no município provocado pelos empregos gerados, o diretor do DEAP apontou que cada detento tende a gastar cerca de R$ 50 por semana com produtos pessoais, que são comprados pela penitenciária no comércio local, sem licitação. Numa penitenciária com 1.200 apenados, esse valor pode chegar a R$ 52 mil por semana. O incremento nos impostos arrecadados pelo município também pode ser convertido em melhorias para a população, como investimentos em saúde, educação, infraestrutura. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado já adiantou que irá beneficiar o município que sediar a penitenciária.