Definida como a melhor jazida de vento do sul do Brasil, Laguna assume atualmente papel de protagonista na geração de energia eólica no país. Grandes empreendimentos prometem mudar os “ares” da cidade, entre eles o Complexo Eólico Lagunar, que fez uma apresentação do projeto nesta quarta-feira (5) durante o encontro do Conselho Municipal do Meio Ambiente – Condema.

No final do ano passado uma audiência pública já foi realizada na Câmara de Vereadores, como parte do processo de licenciamento ambiental exigido pela Fundação do Meio Ambiente – Fatma. Além deste complexo, outro empreendimento já anunciou a liberação da primeira licença ambiental pela Fatma também no ano passado.

O Complexo Eólico Lagunar será instalado numa área de cinco mil hectares dentro das localidades da Madre e Campos Verdes, composto por três subcomplexos e seis parques eólicos. Ao todo são 270 unidades aerogeradoras, com capacidade para geração de 570 MW de energia. Cada torre possui em média 120 metros de altura e as hélices cerca de 50 metros.

De acordo com o Jorge Lewis Esswein, da empresa RDS Energias Renováveis Ltda, os estudos ambientais foram realizados durante doze meses no ano de 2012. “Também instalamos naquele ano duas torres de medição eólica nas comunidades de Campos Verdes e Madre”, disse.

Em 2011 o empreendimento já conseguiu as autorizações da aeronáutica e da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. Após conseguir a autorização ambiental da Fatma, o complexo concorrerá ao leilão de energia eólica que será realizado em 2015.

Movimento na economia:

A previsão de investimento do complexo eólico lagunar é de R$1,8 bilhões. O incremento na economia do município trará benefícios com a geração de novos empregos e também aos proprietários que arrendaram suas terras para instalação dos aerogeradores. Cerca de 43 proprietários arrendaram suas áreas por cerca de 25 a 35 anos, onde irão receber, através de royalties, 1% do lucro que o vento produzir em cada torre em sua propriedade.

Durante a construção o complexo poderá girar entorno de R$34 milhões em impostos (ISS) ao município, além de prever aproximadamente R$7,8 milhões ao ano de ICMS.

O vento de Laguna:

A intensidade do vento aumenta significativamente entre setembro e dezembro, principalmente, quando sopra de nordeste, podendo ocasionar rajadas de até 50 km/h. Ventos mais fortes ocorrem quando existe ciclone extratropical sobre o oceano, no litoral sul do Brasil. Apesar destes eventos mais isolados, a velocidade média dos ventos situa-se em torno de 12 km/h na região litorânea.

No município de Laguna, especificamente para área de estudo, tem-se a direção predominantemente do quadrante sudeste. Os ventos com maiores intensidades são observados no mês de junho, com máxima de 55 km/h. Já os meses de dezembro a fevereiro possuem os ventos menos intensos.

Aves migratórias:

Um dos principais levantamentos feitos durante a reunião de hoje foi em relação ao impacto ambiental às aves que habitam a região. Segundo Esswein, os estudos realizados pela empresa de consultoria contratada para fazer o relatório de impacto ambiental comprovam que a região não é rota de aves migratórias.

Conheça o relatório do impacto ambiental do empreendimento Complexo Eólico Lagunar no link abaixo:

http://www.fatma.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=97&Itemid=225#LAP

 

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Secretaria de Comunicação Social do Governo Municipal de Laguna