You are currently viewing Comitê da Bacia leva oficialmente ao conhecimento do MPF de Criciúma informações sobre vazamento de finos de carvão

 

Em reunião agendada pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, o secretário executivo do Comitê, Francisco de Assis Beltrame, esteve reunido ontem (15) em Criciúma com o procurador da República, em Criciúma, Darlan Airton Dias, para levar àquela autoridade federal as informações coletadas até o momento acerca do acidente ambiental de derramamento de finos de carvão no rio Rocinha, em Lauro Müller, no último dia 25 de novembro. Acompanharam o secretário executivo do Comitê à reunião, Edson José Correa, membro do Comitê e representante da Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos Vale do Rio Tubarão (Area-TB) no Comitê,  Guilherme Junkes Herdt, contratado pelo Estado de SC através do Programa SC Rural para apoio e fortalecimento ao Comitê e ainda o presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Tubarão (Funat), Guilherme Nunes Bressan, Também participaram desta reunião membros da 3ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Laguna e membros do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc).

O vazamento de finos de carvão atingiu o rio Rocinha, em Lauro Müller, que é afluente do rio Tubarão. Ambos os rios fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e as águas do local citado passam pelos municípios de Lauro Müller, Orleans, Pedras Grandes, Tubarão, Capivari de Baixo e Laguna e desemboca do Complexo Lagunar.

Na reunião, Beltrame relatou o que o Comitê vem fazendo desde o acidente do dia 25 de novembro: as reuniões realizadas, os encaminhamentos, os esforços da equipe, os ofícios elaborados e solicitações à Carbonífera Catarinense, isso com a colaboração da Prefeitura Municipal de Tubarão e participação da empresa de saneamento de Tubarão, de membros da Defesa Civil local e regional, e de diferentes membros do Comitê da Bacia do Rio Tubarão.

A equipe da Polícia Ambiental também expôs o seu trabalho diante do caso e solicitou todas as informações que o Comitê já dispõe para que possa construir o laudo final da corporação.

Francisco complementou dizendo que o Comitê Tubarão está em busca do laudo da Fatma de Criciúma que informa que o acidente não é considerado tão grave, pois a condição do rio já é de degradação, conforme publicação do site de notícias regionais, em 9 de dezembro (http://www.sulinfoco.com.br/acidente-ambiental-no-rio-tubarao-nao-e-considerado-grave-diz-laudo).

O procurador da República destacou que em eventuais medidas compensatórias que porventura venham a ser exigidas dos responsáveis pelo acidente serão repassadas total ou parcialmente ao Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar via formato de projetos a serem elencados oportunamente pelo Comitê da Bacia. Desta forma, estabeleceu-se um canal de informações entre o Procurador, o Comitê da Bacia do Rio Tubarão e a Polícia Ambiental, para buscar a melhor forma de sanar o problema. O Procurador também solicitou uma cópia do ofício encaminhado pelo Comitê à Carbonífera Catarinense, onde o grupo que acompanha o caso informa à carbonífera quais pontos e quais parâmetros devem monitorar, bem como o período e a frequência da campanha de monitoramento, que objetiva evidenciar elementos que permitam auxiliar no dimensionamento das consequências do evento que atingiu recursos hídricos da nossa bacia.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê