No Brasil, 77 milhões de pessoas não têm abastecimento regular de água e com qualidade. Portanto, não contam com serviços de Saneamento Básico ou os têm com péssima qualidade. A conclusão é de um relatório das Organização das Nações Unidas (ONU). Neste país, 114 milhões de cidadãos, ou 60% da população, não possui uma solução adequada para o esgotamento sanitário. E oito milhões de habitantes precisam fazer as necessidades ao ar livre, destaca o relatório.
Esta falta de Saneamento é problema grave, pois prejudica a saúde da população. Em cada grama de fezes (neste caso expostas ao ar livre ou locais indevidos) pode conter 10 milhões de partículas virais, um milhão de bactérias e 100 ovos de parasitas. Uma série de doenças decorrem do abastecimento de água sem potabilidade como: diarreias, febres tifoides e paratifoides, cólera, hepatites infecciosas, poliomielite e heteroinfecções em geral. Ainda há aquelas causadas pelo contato de água contaminada na pele e mucosas como infecções nos olhos, ouvidos, nariz e garganta, doenças de pele e esquistossomose.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta que a realidade vivenciada é um árduo desafio. E ele só será vencido se houver apoio técnico e financeiro dos Estados e da União para que, a médio e longo prazo, os Municípios possam universalizar o Saneamento. Seja pelo tratamento da água, tratamento do esgoto e destinação final adequada dos resíduos sólidos. Tais medidas são os meios mais eficazes para que possam dar qualidade de vida e melhor ordenamento de despesas para a gestão municipal e satisfação dos munícipes.
Fonte: CNM
Álvaro Dalmagro – Assessoria de Comunicação da AMUREL