A última sexta-feira, dia 21, resultou em mais um passo importante na mobilização pelo desassoreamento do rio Tubarão. Em reunião da Comissão de Acompanhamento de Projetos para a contenção de cheias na bacia, com a participação do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, ficou definido o envio de um ofício ao Governo do Estado solicitando respostas em relação ao projeto. Uma posição formal do Instituto do Meio Ambiente (IMA), solicitada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura, está sendo aguardada para o seu desdobramento.
O objetivo da iniciativa, que deve contar com o apoio dos deputados da região, é agendar uma audiência com o IMA, em Florianópolis (SC), para esclarecer informações sobre o projeto, que deve ser atualizado. O documento será finalizado no início desta semana e, logo que aprovado pela comissão, será protocolado junto ao governo.
O presidente da Amurel e prefeito de Laguna, Samir Ahmad, destaca a importância da articulação política entre as esferas governamentais para se conseguir buscar recursos que garantam a viabilização da obra. “Cada ente precisa fazer a sua parte – nos âmbitos regional, estadual e federal. Precisamos estar alinhados para poder avançar. Espero que possamos avançar nesse processo”, afirma.
A demanda, que tem ganhado atenção intensa do Comitê, já foi pauta na Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e em encontros do órgão com lideranças políticas. O presidente do Comitê, Woimer José Back, relembra os esforços em busca de apoio para que o projeto saia do papel. “A redragagem não é a única necessidade que temos na bacia, mas é urgente, pois precisamos prevenir consequências piores nas próximas cheias que poderão ocorrer. Além disso, precisamos ampliar os estudos para que o Complexo Lagunar também seja contemplado, em face dos diversos problemas que já afetam as populações do seu território”, frisa.
Ademais, informações do atual cenário apontadas pelo coordenador da comissão, engenheiro Claudemir de Souza Santos, salientam que a atualização do projeto de redragagem também é fundamental, uma vez que muitos dados estão defasados. A batimetria (medição da profundidade do rio), por exemplo, realizada em 2012, já não serve mais como referência, em razão do contínuo processo de assoreamento do curso d’água.
Também participaram da reunião o vice-presidente do Comitê, Rafael Marques, e o secretário-executivo e colaborador da AMUREL Patrício Fileti. O ProFor Águas Unesc deu apoio ao evento, com a participação do seu coordenador técnico, prof. José Carlos Virtuoso.