O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, Complexo Lagunar e Bacias Contíguas promoveu um importante debate na tarde desta terça-feira, 06, sobre água e saneamento. A palestra, ministrada pelo Diretor do Instituto de Saneamento Ambiental da Universidade de Caxias do Sul (ISAM/UCS), professor Dr. Juliano Rodrigues Gimenez, integrou a programação da XVIII Semana de Meio Ambiente e Valores Humanos da Unesc, realizada em parceria com o ProFor Águas e realizada.
Em duas horas de uma rica troca de conhecimentos, o palestrante abordou a relação de interdependência dos seres humanos com os recursos hídricos e trouxe à tona, ainda, três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU): Saúde e Bem-Estar, Água Potável e Saneamento, e Vida na Água. ODSs que abordou propositalmente de forma isolada para, mais adiante, reforçar que todos os demais estão diretamente correlacionados a eles, que não podem ser alcançados isoladamente.
Para Gimenez, o debate foi bastante engrandecedor para todos os presentes. “Além de técnicos e pesquisadores da temática, nós somos militantes e acreditamos no processo, portanto, não podemos desistir sob hipótese alguma, mesmo que tenhamos metas do Plano Nacional de Saneamento muito desafiadoras. Estamos aqui para persistir e, com dados técnico-científicos, espero ter mostrado que discutir o assunto faz muito sentido, até porque a vinculação das nossas ações com a saúde é direta. Então está na hora de repensarmos os projetos de saneamento e melhorias, vinculando-os com a redução dos custos a serem investidos em saúde e trabalhando mais na prevenção do que na remediação”, ressalta.
Conforme o presidente do Comitê Tubarão e Complexo Lagunar, Woimer José Back, é papel do órgão sempre levantar temas que merecem discussão, por sua relevância e impacto na vida de milhares de pessoas. “Falar da necessidade e importância da água é até uma redundância, pois juntamente com a ar, a água é vida. Precisamos levantar essa bandeira, porque temos uma cultura de que o recurso é infinito, quando na verdade, não é. Por isso, precisamos debater, conscientizar, dividir conhecimento a respeito, para que tenhamos mudanças culturais e, por consequência, tenhamos mais qualidade e quantidade de água no futuro”, completa.