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JAGUARUNA – Uma boa notícia: a primeira etapa das obras do Aeroporto Regional de Jaguaruna já está praticamente pronta – é possível até deslizar pela pista que, em muito pouco tempo, deverá ser usada para a decolagem e aterrissagem de aeronaves. A má notícia: a segunda etapa ainda não tem data para ser iniciada.


Além disso, 40% das indenizações de desapropriação ainda não foram pagas. E os ex-proprietários clamam por isto. Na tarde de sexta-feira autoridades políticas, comunitárias e imprensa reuniram-se no Centro Comunitário Maria Cândida, em Jaguaruna, para uma assembléia geral ordinária com integrantes do Consórcio Intermunicipal do Aeroporto Regional Sul Catarinense.


De acordo com o presidente da Amurel e prefeito de Jaguaruna, Marcos Tibúrcio, ainda existe um entrave judicial envolvendo um único proprietário de terras na região, motivo pelo qual o cercamento, na extremante norte, ainda não foi concluído. “Em 2002, todos os proprietários de terras que seriam desapropriados assinaram um documento concordando com o valor avaliado por hectare, que era de R$ 3 a 4 mil. Agora este proprietário está exigindo o pagamento de um valor que, segundo ele, estaria atualizado, R$ 10 mil por hectare”, diz Marcos.


Esse processo foi encaminhado ao Fórum de Jaguaruna e um engenheiro foi destacado para avaliar se os bens foram valorizados ou desvalorizados desde 2002. Após a avaliação, o valor será reajustado, conforme os dados apurados. Dos R$ 1,2 milhão destinados às desapropriações, ainda faltam R$ 525 mil. Fora os reajustes.


Outro problema apontado por Marcos Tibúrcio diz respeito às cotas de cada prefeitura da região. Fora algumas administrações que quitaram seus compromissos com o consórcio, a maioria ainda tem dívidas pendentes, referentes ao aeroporto. Cidades como Grão-Pará, Gravatal, Imaruí, Rio Fortuna, São Ludgero e Laguna ainda não contribuíram. Tubarão, que ficou responsável por injetar R$ 300 mil, precisa quitar os últimos R$ 75 mil.


O presidente da Amurel informou que, a partir de agora, não vai mais discutir a questão destes pagamentos. “Agora paga quem quiser, o município que quiser contribuir conosco, e auxiliar neste grande passo para a região, será muito bem-vindo”. Marcos Tibúrcio lembrou que, durante a execução do projeto que vai estruturar a segunda etapa das obras do aeroporto e que vai custar R$ 500 mil, também será definido o acesso principal ao local.


O deputado federal Leodegar Tiscoski observou que é importante, até por questões de rivalidade política entre regiões da Amesc e Amurel, que o acesso ao Aeroporto Regional de Jaguaruna seja feito pela BR-101. “Se fizermos o acesso por dentro de uma das cidades, a região de Criciúma vai reclamar. A Amesc quer, a todo custo, que o Aeroporto de Forquilhinha seja administrado pela Infraero, mas aquele local não apresenta as menores condições para se tornar um aeroporto de grande porte. De qualquer maneira, eles vão brigar, e muito, por isto”.


Ao fim da reunião, quando foi oferecido um coquetel aos presentes, os responsáveis pelo consórcio informaram que a inauguração oficial da primeira etapa do aeroporto será realizada no dia 16 de janeiro.



Hibiscos – A ONG Tamborete também quer colaborar com a construção do Aeroporto Regional . Representantes da instituição estão cultivando, em área próxima à pista de pouso, um canteiro de hibiscos. A “cortina vegetal”, de acordo com o presidente Valtoir Duarte, pretende orientar o piloto, reduzir a erosão eólica e “oferecer um belo e colorido visual aos visitantes”, pontuou o ecologista.

Fonte: Diário do Sul