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A possibilidade dos Prefeitos conquistarem recursos de agências internacionais de financiamento para investirem em seus municípios ganhou a atenção dos jornalistas presentes na coletiva de imprensa que abriu as atividades do III Congresso Latino Americano de Cidades e Governos Locais. A entrevista foi realizada  no Magestic Palace Hotel, em Florianópolis (SC), pelos presidentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, e da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), José Milton Scheffer, e pelo Prefeito da cidade anfitriã, Dário Berger. O evento terá sua solenidade de abertura hoje, às 14h, no Centro de Eventos CentroSul.

"Há agências internacionais que disponibilizam recursos para diversas áreas, como combate à violência e ao uso de drogas, por exemplo, a fundo perdido", disse o presidente da CNM. "Temos possibilidades de buscar esse dinheiro internacional, e essas organizações sabem que os municípios o querem", afirmou. Ziulkoski salientou que praticamente todos os municípios brasileiros estão aptos a solicitar financiamentos porque têm finanças saudáveis e estão em dia com a legislação. Ele disse ainda que foi identificando essa realidade e para orientar os municípios que a CNM criou em 2006 sua Área Internacional.

Conhecimento
O presidente da Fecam salientou a importância da troca de conhecimentos entre os gestores municipais. "Esse congresso é para essa troca e assim contribuirá para o fortalecimento e para a qualidade da gestão", declarou. Scheffer lembrou que o resultado disso é a transformação da realidade das pessoas "porque é nas cidades que as coisas acontecem". Sob esse mesmo enfoque, Ziulkoski destacou outro ponto fundamental do III Congresso: os objetivos do milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Para atingir essas metas, 75% das ações dependem do poder local", falou. Ele citou a experiência de prefeitos de diversos municípios catarinenses que, há aproximadamente três décadas, fizeram um intercâmbio de projetos com autoridades locais européias. Mesmo sob críticas da opinião pública, eles mantiveram as viagens e trouxeram para suas cidades modelos italianos, franceses e alemães de gestão local. Hoje, essas comunidades colhem os frutos do investimento. "Não é só recursos que podemos buscar no exterior", disse. "Podemos trazer experiência, promover irmanamentos para trocar culturas, culinárias, projetos de turismo, meio-ambiente", afirmou Ziulkoski.

Crescimento limpo
O presidente da CNM encerrou sua fala declarando que a realização do III Congresso em Florianópolis é uma homenagem da CNM à cidade, ao estado e a sua gente. "Não haveria momento mais apropriado para trazer o congresso para cá do que este", respondeu o prefeito de Florianópolis. "Nossa economia é baseada no turismo, mas vivemos um período de crescimento industrial limpo, com respeito ao meio-ambiente, e esperamos ser no futuro a capital da tecnologia", disse Dário Berger. O III Congresso é realizado pela CNM e pela Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (Flacma), organização internacional que tem sede em Quito, capital do Equador. As atividades do evento começam oficialmente amanhã, 25 de julho, e se encerram sexta-feira, 27.

Fonte: Agência CNM