Seminário de Arqueologia de Jaguaruna define que município criará um local próprio para pesquisa, informação e divulgação do patrimônio arqueológico.
A compra de uma casa, localizada no bairro de Garopaba do Sul, em Jaguaruna, para abrigar pesquisas arqueológicas foi anunciada no Primeiro Seminário de Arqueologia. O espaço vai trazer a realidade dos trabalhos científicos para dentro da comunidade. O evento foi promovido pelo Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia da Unisul (Grupep) e pela Prefeitura Municipal de Jaguaruna, nessa terça-feira (18/9), em Tubarão. Segundo o Prefeito Municipal de Jaguaruna, Marcos Tiburcio, o novo espaço será criado para divulgar os trabalhos científicos realizados no município na área arqueológica. – O principal objetivo dessa parceria é investir na Educação Patrimonial do município – comenta o prefeito.
O primeiro Seminário de Arqueologia teve como objetivo conscientizar a comunidade da importância da preservação do patrimônio arqueológico. Os professores da rede municipal escolar que estão participando do seminário são agentes importantíssimos nesse projeto, pois são eles os agentes multiplicadores do projeto para Educação patrimonial do Município. O Secretário de Educação e Cultura da cidade de Jaguaruna, Vanderlei dos Santos, ressalta que o primeiro passo está sendo dado. – O seminário vai começar a conscientizar e mostrar que conhecendo a história vamos poder educar para preservar – diz. Para a coordenadora do curso de História, professora Eulélia Henrique, a metodologia de educação patrimonial é importantíssima porque desperta a compreensão do que é arqueologia, do que é patrimônio histórico. – Somente conhecendo a história podemos ter noção de preservação – explica a professora.
A coordenadora do Grupep, Deisi de Farias, disse que além de conscientizar o seminário teve a proposta de "mostrar a importância da educação patrimonial como uma metodologia que pode ser usada na educação como tema transversal, isso significa que a educação pode se valer dessa metodologia em várias disciplinas". No segundo momento o seminário pretende instrumentalizar os professores na prática através de oficinas. – Dar subsídios para o professor compreender a metodologia e colocar em prática no cotidiano da educação é a meta das oficinas – salienta Deisi.
Há muito a cidade de Jaguaruna, a Unisul e parcerias privadas vêm tentando colocar a cientificidade da arqueologia em prática no município.
– Agora entendo que entraremos para o caminho certo. E a educação é esse caminho, temos que educar nossas crianças para a importância da educação patrimonial, até o momento nós professores trabalhamos isolados, com pequenos projetos dentro das escolas, temos resultados é claro, mas é bem diferente de podermos trabalhar em parceria com toda a rede municipal – comenta a professora Neide Braz Agostinho.
A orientadora educacional Kátia Brolesi de Souza diz que "uma opção seria incluir no ensino médio, dentro da parte diversificada na matriz curricular a disciplina de educação patrimonial. Ou no ensino fundamental trabalhar como um tema, uma metodologia transversal, isso significa encaixar a metodologia em outras disciplinas".
Fonte: ASCOM/UNISUL