Após muitos anos de investimento, enfim, um projeto de lei do legislativo catarinene reconheceu o município como Capital Catarinense da Agroecologia.
Bertoldo Weber
Santa Rosa de LIma
Após incontáveis anos de investimento pesado e contínuo no cultivo de produtos sem o uso de agrotóxicos, de trabalhar uma nova abordagem da agricultura onde os aspectos agronômicos, ecológicos e socioeconômicos foram integrados às mais dinâmicas técnicas agrícolas sobre produção de alimentos, rendeu a Santa Rosa de Lima o título de Capital Catarinense da Agroecologia.
O mérito ocorreu com a aprovação de projeto de lei na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, ontem. Os autores da proposta foram os deputados Joares Ponticelli (PP) e Padre Pedro Baldissera (PT). Em plenário, os parlamentares lembraram que, em 1996, nasceu uma organização solidária pela preservação da vida e da natureza: a Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral (Agreco). E foi justamente esta entidade "a culpada" por disseminar o uso de técnicas alternativas de manejo sustentável do solo e de tantos outros recursos naturais.
O prefeito de Santa Rosa de Lima, Celso Heidemann (PP), comemora o título, agora oficial. "Sem dúvida, foi merecido. Os produtores esforçaram-se muito para conquistar este título. Além disso, é preciso reconhecer que o fato da certificadora Ecocert Brasil ter se instalado em Santa Rosa de Lima também contribuiu diretamente nesta questão", destaca. Heidemann pontua ainda os inúmeros benefícios que o título trará, inclusive de recursos para futuros investimentos. "Atualmente, Santa Rosa de Lima está incluída nos 65 destinos do turismo no Brasil. Agora, com o reconhecimento de Capital Catarinense da Agroecologia, esperamos incentivar e investir ainda mais nesta atividade", descreve o prefeito.
Fonte: Jornal Notisul, 21/11/2007, edição 2219, pág. 07