Fonte:CNM
O Índice Global da Fome – calculado pelo Instituto Internacional de Pesquisas sobre Políticas Alimentares (IFPRI), em parceria com o German Agro-Action e o Consern Worldwide, sobre dados de 120 países não-industrializados – aponta que, entre 1990 e 2008, o Brasil deixou de figurar entre os países com "problemas alimentares graves", para passar à categoria de países com "baixos problemas alimentares".
Porém, no Mapa da Violência, o nosso país é o quinto em taxa de homicídios de jovens de 15 a 24 anos. No Brasil, morrem 51,6 pessoas nessa faixa etária para cada 100 mil habitantes. Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a violência, a pobreza e a fome são mazelas sociais interligadas.
Observa-se que os municípios com maiores índices de pobreza e desigualdade social são os que registram maiores focos de violência e maiores coeficientes de insuficiência nutricional em suas populações.
Deficiências na política de segurança, altos percentuais de desemprego e grandes taxas de analfabetismo no país são fatores que contribuem para o aumento da violência.
Políticas sociais
A CNM acredita que uma das principais causas da redução dos problemas alimentares nos municípios e da diminuição dos índices de violência deve-se às políticas sociais e aos programas implementados pelos municípios.
A fim de que se mantenha uma redução acentuada dos problemas alimentares nas cidades brasileiras, é necessário um planejamento de desenvolvimento familiar no âmbito municipal, além de maior oferta de emprego como fator gerador de renda e de redução da pobreza, também para a diminuição da violência.
A CNM salienta que a diminuição dos problemas alimentares no Brasil é um dado relevante, que reflete o êxito de campanhas e políticas municipais para a erradicação desse mal, de difíceis conseqüências sociais. Entretanto, ainda existem pessoas que passam fome.
Para que haja a erradicação da pobreza e dos problemas alimentares, é necessário que os municípios – que são os entes federativos que convivem diretamente com tal realidade – elaborem projetos para um maior investimento dos estados e da União.
Com informações do jornal Valor Econômico.