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CNM

"O objetivo é continuar a luta". Essa foi a frase inicial do discurso de posse do presidente reeleito da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. O evento, realizado na última quarta-feira, 27 de maio, em Brasília, contou com a participação de parlamentares e prefeitos. Nele, além de Ziulkoski, foram empossados 24 gestores municipais de 18 estados brasileiros.

Durante as saudações e agradecimentos, Ziulkoski fez oficialmente um convite a todos os prefeitos nomeados. "A luta só vai continuar se os senhores diretores nos ajudarem. Nós teremos de formular estratégias para fortalecer o movimento municipalista". Presidente da CNM pela quinta gestão, Ziulkoski apresentou as principais conquistas da entidade e apontou quais são as pautas prioritárias a serem reivindicadas nos próximos três anos: saúde, educação e previdência. "Vamos sensibilizar a sociedade civil para a Câmara aprovar a Emenda 29 e continuaremos os debates produtivos com o governo federal em prol dos Municípios".

Prefeito de Ananindeua (PA) e presidente da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (Famep), Helder Barbalho, foi empossado como Titular do Conselho Fiscal da CNM. Segundo ele, o trabalho da nova diretoria irá priorizar o fortalecimento do movimento. "Nós não queremos apenas ser ouvidos, mas acrescentar ideias e soluções aos governos estadual e federal", afirma.

Barbalho relata a preocupação dos Municípios paraenses sobre as fortes chuvas que trouxeram problemas ao estado. "Haverá um caos na saúde após os rios baixarem, e se o movimento municipalista estiver unido, conseguiremos maiores verbas para poder resolver essas questões", salienta. As expectativas do prefeito vão além de unir os munícipes. "Iremos discutir temas previdenciários, a distribuição do bolo tributário, trocar experiências e qualificar os secretários e vereadores para realizarmos uma boa gestão em todo País", completa.

Depoimentos e expectativas

Prefeito de Jauru (MT) e presidente da Associação Mato-grossense de Municípios (AMM), Pedro Ferreira, empossado como 3º vice-presidente da CNM, reafirma a importância de se discutir o municipalismo a nível nacional. "Ter uma instituição que nos represente em todo Brasil é imprescindível. Sem a CNM nós não teríamos, por exemplo, a compensação de perdas do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] este mês" considera.

De acordo com o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), Gilson Antonio de Sales Amaro, as entidades estaduais, em parceria com a CNM, devem tentar obter mais recursos para a saúde e a educação. "Precisamos priorizar o bem-estar da nossa população". O gestor está motivado com os novos diretores.

Vereadores, secretários e prefeitos juntos pela luta municipalista

"A CNM conseguiu fazer com que, além dos prefeitos, os demais gestores se interessassem pela luta municipalista. Afinal, o Município não é administrado somente por uma pessoa. A participação deles era inibida e o conhecimento sobre a existência das entidades era pouco. O presidente Ziulkoski abriu espaço para que eles pudessem opinar e sugerir ideias ao movimento", elogia Glademir Aroldi, titular da Região Sul no Conselho Regional da CNM.