Saúde, Educação e Geração de emprego e renda lideram o ranking de interesse dos governos. Tanto os novatos quanto os veteranos no comando das prefeituras consideram estes setores como os mais relevantes. Lembrando que, para os dois primeiros, há perante à Constituição a obrigatoriedade de investimentos: 15% para Saúde e 25% na Educação. Itens como Indústria e Trânsito estão nas últimas posições em quase todas as avaliações.
A pesquisa da Confederação buscou entender também as prioridades de cada região brasileira. Neste caso específico, Educação, Saúde e Geração de renda continuam ocupando os primeiros lugares no ranking, com ênfase no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. O motivo é que, nestas regiões, os cálculos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) são menores em comparação ao Sudeste e Sul.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destaca que cada região tem uma peculiaridade. Para os gestores municipais do Sul e do Norte, a Agricultura tem grande importância, com média de 4,38 e 4,71. O Nordeste busca valorizar mais a Segurança Pública. Gestores do Centro-Oeste e do Sudeste dedicam-se mais ao Meio Ambiente. Porém, todos os eles apresentam um ponto em comum: o Assistencialismo aparece nas primeiras posições do ranking.
Discrepâncias entre tempo de administração e gêneros
Quando as questões foram aplicadas em comparação a prefeitos reeleitos e aqueles que cumprem o 1º mandato, há grandes diferenças entre as prioridades. Para os gestores com mais tempo à frente das prefeituras e, consequentemente, experientes sobre a realidade local, as áreas Saneamento e Segurança ganham um pouco mais de importância. Ao contrário desta avaliação, os novos gestores devem aumentar os investimentos em Assitência Social, Agricultura e Tecnologia, deixando a Segurança, por exemplo, abaixo destes itens, em décimo terceiro lugar.
O resultado das respostas de prefeitos e prefeitas é outra curiosidade revelada pela pesquisa da CNM. Dentre o total de pesquisados, 21 eram mulheres. Para elas, o bem estar da comunidade está em primeiro lugar, e, portanto, a Geração de emprego e renda está à frente, inclusive, de Saúde e Educação. Julgamento oposto ao dos 206 homens entrevistados, que priorizam os setores com porcentual de aplicação definido em lei – como Saúde e Educação.
Enquanto para as prefeitas o Assistencialismo alcança média de 4,74, para os prefeitos isso chega a apenas 4,43. No quesito Educação, a diferença é de duas posições. Os homens colocam o setor em segundo lugar, atrás de Saúde, enquanto as mulheres derrubam esse setor para a quarta posição.
Fonte: CNM