Blog Jornalista Moacir Pereira
Justiça afrontada
A greve dos servidores da saúde continua criando situações desumanas e de sofrimento para milhares de pessoas na Grande Florianópolis e outras regiões de Santa Catarina.
Atinge basicamente os hospitais públicos do Estado. Com isto, os pacientes estão procurando hospitais e clínicas particulares que já têm problemas de lotação.
O Hospital Universitário (HU) está superlotado e registra filas enormes de pacientes. No Hospital de Caridade, a briga é pesada por uma vaga de internação.
O Sindicato dos Servidores de Saúde está ignorando olimpicamente a decisão do Tribunal de Justiça (TJ), que decretou a greve ilegal, e anuncia que assim vai continuar.
A secretária interina Carmen Zanoto esteve na terça-feira no Centro Administrativo pedindo orientação da Procuradoria Geral do Estado.
Hospitais permanecem fechados. Até cadeado nas portas foram colocados. A autoridade pública está desmoralizada e os grevistas nem dão bola para ameaças de multa por afronta a decisão judicial.
Na terça-feira, o Ministério Público Estadual intermediou negociação com os grevistas. Levou nova proposta ao governo. Vai esperar solução para hoje. Se a greve não terminar, anuncia medidas mais drásticas.
O problema é que o Ministério Público acaba respaldando todas as ações radicais dos grevistas, em prejuízo da população e desrespeito à Justiça. Cria-se uma situação inédita. A rigor, o Ministério Público acaba de forma indireta avalizando ilegalidades e desrespeito a decisão judicial.
Sua primeira missão constitucional é zelar pelo efetivo cumprimento da lei.