Um painel sobre Serviços Públicos de Saúde foi o tema da manhã no segundo dia do 8º Congresso Catarinense de Municípios, que ocorre no Centro Sul, em Florianópolis, desde dia 30 e encerra hoje. O presidente da AMUREL, prefeito Celso Heidemann e o diretor executivo Jorge Leonardo Nesi participam do evento.
O presidente da Federação Catarinense de Municípios – FECAM, Saulo Sperotto, defende que o Estado e os municípios devem buscar soluções, em conjunto, para melhorias na área da saúde. Também destacou que os municípios vêm investindo, em média, 22% de sua receita em saúde, o que está comprometendo o fechamento das contas municipais. "É essencial a construção de novos modelos de gestão na área da saúde e a regulamentação da Emenda 29, que prevê 10% de investimentos na saúde vindos da União, 12% do governo estadual. Assim poderemos oferecer serviços de saúde com qualidade e ainda investir em outras áreas, igualmente importantes", afirmou.
O secretário estadual de saúde, Roberto Eduardo Hess de Souza, apresentou propostas estaduais para solução de média e alta complexidades. Durante a palestra, Hess destacou que o atendimento básico à saúde começa pelos municípios. "Em 2006, governo do estado e os municípios assinaram o Pacto pela Saúde para descentralizarmos o atendimento. O governo estadual trabalha para que as regiões de Santa Catarina possam atender adequadamente a todos e assim acabarmos com a ambulânciaterapia", explicou. "Ao descentralizar o atendimento criamos núcleos de atendimento médico de alta e média complexidade, além de investirmos na Rede de Telemedicina, cujos exames de rotina são avaliados por médicos via portal na Internet", completou.
Em seguida o consultor executivo em saúde do Estado de São Paulo, Wladimir Taborda, falou sobre as Organizações Sociais. A legislação estadual paulistana regulamentou a parceria com entidades filantrópicas, visando o gerenciamento de hospitais e equipamentos públicos de saúde. Atualmente, 26 hospitais no estado de São Paulo são gerenciados por Organizações Sociais. "Este é um modelo que visa resultados. Para isso é necessário planejamento, além de disponibilidade orçamentária, definição de metas e parcerias com profissionais capacitados", argumentou.
Completando a experiência paulista na área médica, a assessora de gabinete da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, Aparecida Tarucco Yamada, falou sobre os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMES). Segundo a palestrante, já existem 19 AMES em São Paulo e para o modelo dar certo foi necessário a realização de reuniões com todos os secretários de saúde municipais. Assim foram definidas, quais especialidades seriam inclusas nestes laboratórios. "Cada região tem um tipo de demanda. Os Ambulatórios Médicos de Especialidades precisam atender a todos da maneira mais adequada possível e assim evitar deslocamentos desnecessários aos centros hospitalares", comentou.
OS debates durantes o período da tarde trataram do teme "gestão de pessoas".
Assessoria de Imprensa – AMUREL, com informações da Ascom da FECAM