Durante café da manhã de ontem, 4 de maio, na Câmara dos Deputados, foi relançada a Frente Parlamentar Municipalista. O coordenador, deputado Júlio César (DEML – PI), presidiu a mesa e reiterou a importância de relançar a Frente: "as questões dos povos brasileiros acontecem nos Municípios. Nós, que já fomos prefeitos, sabemos disso como ninguém", disse, referindo-se ao presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que compunha a mesa.

Além do deputado e de Ziulkoski, à mesa, estavam presentes o deputado Júlio Delgado (PSB – MG); o prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), Luiz Alberto Maguito Vilela; o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), João Coser, e o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Francisco Macedo.

Prefeito por 12 anos, o deputado Júlio César se declara um defensor das causas municipalistas. "Lutaremos em conjunto à CNM e outras entidades por reivindicações dos Municípios. Lançamos esta Frente num momento em que estamos firmes na luta para por na pauta do dia 11 [de maio] a derrubada do veto dos Royalties", afirma.

Ziulkoski fez um relato das principais questões enfrentadas pelos Municípios atualmente. Falou sobre o empenho dos parlamentares para aprovar o Novo Código Florestal – que pode ser nesta quarta -. o que não ocorre, por exemplo, para regulamentar o financiamento dos recursos da Saúde, previstos a partir da Emenda Constitucional 29. "A Saúde pede socorro. Será que ninguém vê", indaga.

Outras questões prioritárias para os Municípios, como a derrubada do veto dos Royalties e da Dívida Previdenciária foram lembradas e frisadas pelo presidente da CNM. "O lançamento da Frente veio num momento muito importante. Ela terá um papel fundamental na articulação para que esses vetos possam ir para a pauta já na semana que vem", esclarece.

XIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios


Lembrada em quase todos os pronunciamentos, a XIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, agendada para os dias 10, 11 e 12 de maio, promete avanços na luta municipalista. "Esta deve ser a maior Marcha de todos os tempos. Já temos mais de quatro mil inscrições homologadas. Os prefeitos estão satisfeitos com o FPM, que está bombando, mas não podemos deixar a peteca cair, temos que pensar à frente: nas possíveis consequências disso em anos seguintes", declara Ziulkoski.

Para Francisco Macedo, a oportunidade é única para expor ao Brasil, de fato, os problemas enfrentados pelos Municípios. "O presidente Paulo nos ajuda muito na luta diária. A Marcha funciona como uma verdadeira caixa de ressonância, e faz com que todos enxerguem os problemas dos Municípios", reitera o presidente da APPM.