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Segunda-feira, 09/01/2012, às 06:00


Pescaria Brava: moradores otimistas


LAGUNA – Quando o calendário indicar 1º de janeiro de 2013, a Amurel passará a ter 18 municípios. O mais novo integrante, Pescaria Brava, com cerca de 10 mil habitantes, enfim será município. Em menos de um ano, um dos distritos mais antigos de Laguna terá a emancipação político-administrativo concluída. Neste mesmo dia, assumirão o primeiro prefeito e os nove vereadores que serão eleitos em outubro deste ano.

Enquanto 2013 não chega, os moradores fazem planos sobre o que precisa ser feito no novo município. Alguns moradores, como o comerciante Edivaldo Andrade Fernandes, já observa mudanças na comunidade. "Já começou a melhorar a situação. Tem até pessoas visitando a região. Nos fins de semana o pessoal vem, faz piquenique na praça, vem visitar a igreja, que é o nosso maior símbolo, e fica pela praça até o fim da tarde", conta Edivaldo.

O novo município será formado por 14 comunidades: Ponta das Laranjeiras, Laranjeiras, KM 37, Santiago, Barreiros, Pescara Brava, Ribeirão de Pescaria Brava (também conhecida como Varginha), Siqueiro, Sertão do Siqueiro (conhecida como Barranca), Carreira do Siqueiro, Indaial, Sertão da Estiva, Estiva e Taquaraçú.

Em um novo município é necessário fazer tudo praticamente do zero. Um exemplo disso é que a própria sede não está definida ainda. Pode ser em Pescaria Brava mesmo, mas se chegou a falar também em ser em Barreiros ou Santiago, que são núcleos mais urbanizados. Se for em Pescaria mesmo, a prefeitura poderá funcionar inicialmente no prédio do posto de saúde, que atende uma vez na semana.

Para o comerciante Valdeci Fernandes da Silva, ao virar novo município, a expectativa é de melhorias na infraestrutura. "Teremos um prefeito e vereadores que estarão mais próximos. Então, poderemos cobrar mais do que hoje, estamos longe de Laguna. Precisamos de mais infraestrutura. Pescaria é um lugar ótimo para se morar, é calmo, é pacífico, a natureza está pertinho, mas precisa melhorar muita coisa. A gente espera que agora vai dar certo", afirma Valdeci.

Prioridades: Emprego, saúde e infraestrutura

LAGUNA – Com 154 anos de existência, o distrito que se tornará município no próximo ano tem várias necessidades. Entre as reivindicações ouvidas pelo DS, estão problemas comuns a tantos outros municípios da região: infraestrutura, saúde e empregos.


As 14 comunidades possuem três escolas estaduais: em Laranjeiras, com ensino fundamental completo; no KM 37 e em Pescaria Brava, com fundamental e médio. Além disso, há oito escolas municipais com séries iniciais e ainda outras duas com ensino fundamental completo. Nestas duas escolas funcionam também centros de educação infantil. Em relação à educação, a principal dificuldade apontada pelos moradores é relativa à educação infantil. “Tenho uma filha de seis anos e não tem creche para ela. Meu problema é igual ao de muitas mães que têm dificuldades para trabalhar por não ter com quem deixá-la”, relata a costureira Nilcéia Nunes de Medeiros, a Céia.

Na área da saúde são duas unidades de saúde que atuam de segunda a sexta, em Barreiros e no KM 37, nas demais localidades há postos com atendimento semanal. Para os moradores, este atendimento deveria ser mais frequente nas demais comunidades. “Você tem que escolher o dia para ficar doente. Se tiver algum problema no fim de semana, terá que ir a Laguna ou a Tubarão”, afirma a dona de casa Maria Fernandes da Silva.

Na segurança pública, há um posto operacional da Polícia Militar em Barreiros. “Mas é só, e nem sempre a polícia está lá. Precisava também um posto do bombeiro. Se tiver um incêndio aqui, tem que vir de Laguna, e com este trânsito da saída da BR-101, vai demorar muito para chegar aqui”, observa o comerciante Edivaldo Andrades Fernandes.

Empregos – Além de saúde e educação, a principal reivindicação dos moradores é relativa às oportunidades de emprego. A economia do futuro município será baseada na pesca e na agricultura, em especial a produção de mandioca e o beneficiamento com os engenhos de farinha, em Barreiros e Santiago há também algumas facções. “Mas quem quer trabalhar precisa ir embora. Meus quatro irmãos foram para Joinville. Só eu fiquei. Meu neto está em Criciúma, onde trabalha como padeiro”, relata Maria. “A gente espera que venham mais empresas, que o comércio também cresça e haja mais empregos. Hoje a grande maioria mora aqui, mas trabalha em Tubarão, Capivari e Laguna”, observa Valdeci.

Fonte: Jornal Diário do Sul, segunda feira 09 de janeiro de 2012 pg 03;