Um plano para ampliar a formação de médicos no País foi anunciado pelo governo federal nesta terça-feira, 5 de junho. O objetivo do pacote é criar 2.415 vagas – em universidades públicas e particulares – já para o segundo semestre deste ano. Isso porque, além de a quantidade de médicos ser baixa existe uma má distribuição deles pelo território brasileiro. Atualmente, a taxa é de 1,95 médicos para cada mil habitantes.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem mostrado que só neste ano, 1.228 Municípios pediram auxílio ao Ministério da Saúde para conseguir contratar profissionais recém-formados. Além disso, 233 Municípios não haviam sido escolhidos por nenhum médico do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, fala que o problema principal é a elevação dos salários e a falta de condições das prefeituras de arcar com os custos do profissional. "Como a procura é pequena, os gestores precisam aumentar a remuneração para atrair os médicos para os Municípios mais distantes, aumentando os custos locais", explica o líder municipalista.
Permanência dos médicos no interior
No anúncio feito pelo Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi mencionado que o governo estuda medidas para estimular a permanência dos médicos em Municípios do interior, principalmente do Norte e Nordeste do país. De acordo com a medida, do total de vagas, 800 serão em nove instituições privadas e 1.615 em 27 universidades federais. A maior quantidade será no Nordeste: 775. O Norte terá 310 vagas, o Centro-Oeste 270, o Sudeste 220 e o Sul 40.
Da Agência CNM, com informações da Agência Brasil