A campanha municipalista busca pressionar os congressistas a dar celeridade nos trâmites do Projeto de Lei 2.565/2011, que trata do tema. Em maio, durante a abertura da 15ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília, declarações da presidenta Dilma Roussef deixaram ainda mais apreensivos os que defendem a partilha dos royalties de maneira mais justa e retroativa ao início da exploração do petróleo no Brasil. Naquela ocasião, Dilma afirmou para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski e aos chefes de Executivos participantes que eles deveriam se preocupar em mudar a partilha do presente para o futuro e não do passado para o presente, como vem sendo discutido no Congresso Nacional desde 2010. No entendimento de alguns parlamentares, a declaração da presidenta demonstrou o desejo dela e do governo que os royalties do petróleo sejam redistribuídos somente a partir de áreas que ainda não foram licitadas e, com isso, os acordos já firmados no passado não sofrerão qualquer modificação, que é o principal pleito das bancadas fluminense e do Espírito Santo, os dois estados que detém praticamente todo o bolo de impostos advindos da exploração do petróleo na costa brasileira.
Álvaro Dalmagro – Assesoria de Imprensa