Nesse momento que o povo defende uma série de mudanças no país, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, está otimista e acredita que aumentam as chances de conseguir negociar com o governo federal durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
"Espero que o Governo Federal tome atitudes para ajudar os Municípios que passam por um momento tão frágil economicamente. Enquanto não houver uma reforma da Federação, vamos assistir o estrangulamento das receitas dos Municípios", afirma.
A Marcha que acontece de 8 a 11 de julho, vai reunir milhares de prefeitos na capital Federal e debater importantes pautas vitais para o municipalismo. Entre as reivindicações da entidade, estão a de um pacto federativo mais justo, mais 2% de Fundo de Participação de Municípios (FPM), Royalties e medidas para ajudar a vencer a crise nos Municípios.
Para o presidente da Associação de Municípios de Alagoas (Ama), Marcelo Beltrão, "é preciso aumentar o canal de negociação com o Governo Federal e talvez seja o momento adequado para isso, com tantas mudanças acontecendo e com o povo nas ruas", acredita.
Marcelo cita as despesas compulsórias que prejudicam as gestões municipais de um ano para o outro. "O salário mínimo e o piso nacional do magistério, por exemplo. E a gente trabalha a cada ano com uma receita que não cobre nem a inflação. Então, como honrar com essas despesas e fazer obras para favorecer a população de cada Município?", questiona.
Vários temas não menos importantes serão discutidos por ocasião da Marcha. "E a expectativa é de que se obtenha um avanço, com o apoio do Congresso e do Governo Federal. E, assim, os Municípios possam colaborar com o fortalecimento da Federação", pontuou Beltrão.
Fonte: Ascom CNM