A defasagem do valor do repasse do transporte escolar pelo Estado foi o assunto central do encontro que mobilizou quatro Associações de Municípios na tarde da quinta-feira (22), na sede da AMURES em Lages. Os municípios abrangidos pelas regiões da AMURES e das Associações de Municípios do Contestado – AMURC, Associação de Municípios do Planalto Norte – AMPLANORTE e Associação de Municípios do Planalto Sul Catarinense – AMPLASC, produzirão um diagnóstico do transporte escolar e pleitearão tratamento diferenciado, com base no custo real.
Mais de 60 pessoas, entre presidentes das Associações de Municípios, diretoria da Federação Catarinense de Municípios – FECAM e secretários municipais de Educação foram unânimes de que os valores repassados pelo Estado não cobrem os custos do transporte dos alunos da rede estadual. O prefeito de Taió e presidente da FECAM, Hugo Lembeck, disse que os prefeitos querem ser chamados pelo Estado para discutir uma proposta real e não receber um "prato pronto", como vem sendo feito nos últimos anos.
Os prefeitos definiram a data até dia 10 de junho para estar com o diagnóstico dos custos do transporte escolar tabuladoS para levar ao Estado. Caso não haja um entendimento deverão recorrer à Justiça para não mais arcar com custos que são responsabilidade do Estado. "Temos de buscar o ressarcimento deste custo e não permitir que o Estado fixe sozinho o custo do transporte escolar. Isso é um desrespeito", desabafou Hugo Lembeck.
Como o ano letivo está praticamente na metade, o presidente da AMURES e prefeito de Bom Jardim da Serra Edelvânio Topanoti sugeriu que o planejamento dos custos do transporte escolar seja revisto de acordo com as características e distâncias de cada município. "Temos casos na AMURES em que o veículo do transporte escolar percorre 50 quilômetros para buscar um aluno. Isso não ocorre em outras regiões", comentou Edelvânio Topanoti.
O encaminhamento da reunião foi respaldado pela prefeita de São Cristóvão, Sisi Blinde presidente da AMURC. Aldomir Roskamp, presidente da AMPLANORTE e prefeito de Monte Cartelço e Marcos Nei Correa Siqueira, presidente da AMPLASC, prefeito de Monte Carlo.
Com informações
Oneris Lopes
Jornalista (DRT – 4347/SC) – AMURES
Associação dos Municípios da Região Serrana
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