Integrantes da Comissão de Acompanhamento dos Projetos para Manutenção da Calha do Rio Tubarão se reuniram na semana passada para mais uma reunião de análise dos estudos do projeto ambiental de manutenção da calha do Rio Tubarão, que estão sendo feitos pela empresa Prosul, vencedora da licitação para realizá-los, e que estão sendo apresentados em etapas à medida que os mesmos evoluem.
Os representantes da Prosul Eduardo Preis e Alessandro Klein deram uma notícia à Comissão que deixou os integrantes preocupados: o projeto executivo de manutenção da calha já foi concluído e entregue ao governo do Estado, apesar da recomendação da Comissão solicitando que se aguardasse o andamento do projeto ambiental para que os dois fossem finalizados ao mesmo tempo. A informação gerou desconforto aos membros da Comissão, que entende que um projeto executivo (técnico) não deve ser concluído sem que o ambiental esteja pronto. Eduardo explicou que obras semelhantes em outras bacias hidrográficas catarinenses os projetos executivo e ambiental foram elaborados em paralelo, já na Bacia do Tubarão, foram separados e em momentos distintos. Segundo ele, mesmo com o projeto concluído iniciou-se a tratar da questão da manutenção da calha do rio Tubarão com base na opinião pública, sem realizar o estudo de que comprovadamente seria necessário realizar a dragagem, a exemplo de outras bacias do Estado, e que por isso foi adicionado no projeto ambiental a modelagem matemática do fluxo de troca de marés e salinidade, considerando a proposta de enrocamento que direciona o fluxo de água e sedimentos em direção ao Oceano Atlântico para verificar a efetividade deste enrocamento. Caso este estudo aponte que a dragagem não seja eficiente a ponto de executá-la, deve-se aumentar as discussões e sugerir obras complementares que evitariam uma eventual nova cheia em boa parte da bacia do Tubarão, como ocorreu no ano de 1974 e em anos anteriores a este.
O assunto ainda será tratado internamente para possíveis medidas no futuro. O projeto executivo será disponibilizado à Comissão, que vai estudá-lo detalhadamente.
Além desse aspecto, a Comissão tratou de temas como o bota-fora da obra de dragagem da calha do rio, as alternativas de retirada da ponte Ferraz Cavalcante, sobre o rio Tubarão, na BR-101, e a solicitação da câmara de Vereadores de Laguna de esclarecimentos sobre questões relacionadas à Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar.
O Comitê da Bacia do Rio Tubarão participa ativamente da Comissão, com diversos integrantes, e foi um dos incentivadores para que o referido grupo de trabalho fosse criado.
A AMUREL foi uma das incentivadoras da criação do Comitê da Bacia e mantém desde 2007 um funcionário à disposição do Comitê.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Comitê