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Ultimamente a educação tem sido palco de grandes discussões em torno das políticas públicas que tem como princípio “Educação para Todos” e com qualidade. Educar todos significa incluir os alunos em escolas regulares de ensino, independente de qualquer diferença ou deficiência. Ainda que a passos lentos, as escolas vêm se preocupando com este novo paradigma de inclusão educacional, em virtude do crescente número de alunos com deficiência matriculados nas escolas regulares.
A Escola Básica Municipal Antônio Rohden tem canalizado esforços para atender essa nova exigência, mesmo porque, já conta com um número de alunos com deficiência: 15.
Esta realidade na escola tem sensibilizado muitos professores e agentes da educação, na tentativa de juntos buscar soluções para melhor atender todos os alunos.
A presença de alunos com deficiência física, mental e visual, faz com que professores repensem continuamente na prática pedagógica, de como trabalhar em turmas de alunos bem heterogêneos. Alguns cursos de capacitação disponibilizados pela Secretaria de Educação têm contribuído para esta reflexão.
Uma experiência que tem mobilizado a escola neste início de ano letivo foi o desafio que os professores de 5º série estabeleceram para receber uma aluna com deficiência visual. Ansiosos e ao mesmo tempo cheios de expectativas, os professores revelam que tem muito mais a aprender que a ensinar. “O maior desafio de nós, professores, é ler e escrever em Braille”, destaca a professora Sandra Regina Torres.
Para a professora Cléia Demétrio Pereira, uma das coordenadoras do projeto na escola, ser professor é ser um eterno aprendiz em qualquer situação de escolaridade. “Viver experiências pedagógicas inclusivas constitui-se num fator relevante para que a inclusão de todos se efetive na prática. Esta vivência deve ocorrer na busca constante de novos saberes, de reflexões das atitudes educativas, de experiências vividas com um conjunto de alunos heterogêneos”. Segundo ela, estas iniciativas de encarar novas experiências não se constituem apenas em aceitar as diferenças, mas sim numa tomada de consciência, de vivê-la plenamente, mediada pelo conhecimento. “Esse processo de inclusão escolar só se consolidará na luta constante, dia-a-dia, pelo caminho do amor, da vida, no desenvolvimento do potencial humano, na igualdade, na diversidade, no compartilhar, no discordar, no respeito pela diferença. Na vivência de uma pedagogia inclusiva é que perceberemos a riqueza da nossa vida e da nossa responsabilidade como profissional da educação que pode fazer a diferença entre os diferentes”, ressalta.
Por isso é interessante que as pessoas convivam com essas diferenças, pois isto é do ser humano. “A maioria das escolas não estão adaptadas para receber estas crianças, elas têm que se adaptar aos poucos”, diz Cléia.
Para a diretora da Escola Municipal Antônio Rohden, Terezinha Volpato, este tipo de trabalho é inovador. “É um desafio para a escola e há um interesse de todos os profissionais que aqui trabalham, pois é desempenhado com muito carinho e esforço para que dê certo”, enfatiza.

Fonte: Folha do Vale Ed.520