Albertina nasceu em 11 de abril de 1919 e foi batizada um mês e pouco depois, no dia 25 de maio. O batismo é o sacramento da fé, porque uma vez que somos batizados “em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo”, entramos na comunhão com Deus participando da herança da família divina: somos criados à imagem e semelhança de Deus, somos salvos pela morte e ressurreição do senhor e nos tornamos templo do Espírito Santo. Cada batizado em nome da Trindade confessa a sua fé em Deus-Pai-Criador vivendo como filho de Deus, confessa sua fé em Deus-Filho-Redentor vivendo como irmão de Jesus Cristo e confessa sua fé em Deus-Espírito Santo-Santificador vivendo como instrumento do divino Espírito. A fé é dom batismal de Deus e resposta livre e verdadeira da pessoa humana. Albertina viveu a fé, acolheu este dom do seu batismo e correspondeu ao mesmo com intensidade nos poucos anos de sua vida terrena. Sabemos que a sua família, formada de agricultores simples, era de vivência cristã: tinha consciência de ser Igreja, rezava em família (jamais, por exemplo, as orações em torno da mesa e do rosário faltavam), participavam assiduamente das celebrações eucarísticas dominicais, educaram os nove filhos nas verdades da palavra de Deus.
Com isso, Albertina aprendeu a viver o seu batismo do seu jeito infantil e adolescente de ser, mas, admiravelmente, a tal ponto que chamava a atenção de todos. Vemos esta vivência nas virtudes que ela apresentou em sua vida de 12 aninhos: rezava recolhida e perseverante; brincava com motivos religiosos; criou uma intimidade com o padroeiro da comunidade cristã a qual pertencia e modelo de pureza, São Luis; participava feliz da vida religiosa da comunidade; era devota de Nossa Senhora, confiando e inspirando-se nela; fez da eucaristia a fonte e o cume de sua tenra vida cristã; moldou um coração bondoso para com todos, sem exceção; era serviçal em casa e com os vizinhos; era exemplarmente aplicada nos estudos; lapidou conscientemente uma conduta de docilidade forte e responsável; desenvolveu relações de sincera solidariedade com os mais fracos; finalmente, sofreu o martírio consciente do valor da vida feminina e de sua fidelidade a Deus.
Estas e outras virtudes cristãs, reflexos de uma vivência batismal autêntica para a idade de Albertina, estão ampla e precisamente atestadas no processo de beatificação.
Vivemos em um mundo onde as pessoas perderam o sentido da fé, por isso, tantas vivem sem sentido. É a fé no Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo que dá o sentido maior à nossa vida.
O papa Bento XVI, realizando uma visita à sua terra natal, Baviera, na Alemanha, em outubro do ano passado, colocou como idéia-força da mesma: “Quem crê, nunca está sozinho!”. De fato, quem crê, sempre está em comunhão com Deus e em comunhão com os irmãos e irmãs, é feliz e tem um sentido maior na vida.
Que nossa bem-aventurada Albertina nos ensine a viver o batismo, nos ensine a crer. Albertina, você acreditou! Muito obrigado!
Fonte: Notisul Ed.2016