Há 100 anos, a linha férrea da Tereza Cristina foi construída em Imbituba. Era o progresso a serviço do desenvolvimento do sul catarinense. O ouro negro chegaria com facilidade ao porto da cidade e traria bons lucros e prosperidade à toda a região. Porém, a base da linha, que hoje corta o bairro Paes Leme, foi feita com rejeitos do carvão.
Agora, o uso inadequado do material naquela época começa a causar transtornos e reflexos perigosos à comunidade que reside às margens da linha férrea. Em alguns pontos isolados do bairro, a terra começou a se abrir e ‘cuspir' fogo e fumaça preta. Na verdade, o fenômeno nada mais é que uma combustão espontânea da pirita, o rejeito do carvão utilizado para o aterro.
Segundo os técnicos da Ferrovia Tereza Cristina (FTC), que foram ao local analisar o problema na última semana, o fogo é causado por uma reação química natural com o meio ambiente. O calor é liberado e, em contato com a água ou com o ar, entra em combustão.
O material expelido, porém, é tóxico, assim como qualquer outro tipo de fumaça. Portanto, a aproximação da população, especialmente as crianças, para ‘ver' o fogo deve ser evitada. Há relatos de morados com dificuldades respiratórias e queimaduras leves pelo contato com os focos.
Ferrovia já trabalha no local para solucionar o problema
A solução encontrada para o problema foi o isolamento e a impermeabilização do solo, com material inerte, neste caso a argila. "Já adotamos este procedimento no local, com eficiência", explica o analista de meio ambiente da FTC, André Mendonça Guaresi. tóxico até o início da próxima semana. Cerca de 80
A meta da ferrovia é eliminar por completo o problema caminhões de argila já foram aplicados na linha férrea do bairro Paes Leme.
Fonte: Notisul Ed.2034