O cronograma de obras de duplicação do trecho sul da BR-101 para este e o próximo ano, apresentado ontem em Florianópolis pelo superintendente regional do Departamento Nacional de Infra-estrutura em Transportes (Dnit) em Santa Catarina, João José dos Santos, e pelo engenheiro responsável pelo órgão em Tubarão, Avani Aguiar de Sá, na Câmara de Vereadores, é, no mínimo, audacioso se a quantidade de percalços sofridos pelas empreiteiras for levada em consideração.
Grande parte, é verdade, foi totalmente superada e, a maioria das construtores conseguiu recuperar boa parte dos atrasos. Outras podem não ter chego onde queriam, mas trabalham em ritmo forte. Nesta segunda opção, está a Triunfo, responsável pelo lote 26 da duplicação, cuja intercessão passa por Tubarão.
A última ‘pendenga' no trecho, um sítio arqueológico no banhado do rio Cubículo, não é mais empecilho. Tudo foi sanado junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desta forma, a meta é terminar tudo, exceto o túnel no Morro do Formigão e a Ponte de Cabeçudas, até dezembro de 2008.
Segundo Avani, a obra é prioridade do governo federal. A preocupação, no entanto, diz respeito ao mínimo, mas vital, trecho que ficará para trás. "Na região, há dois pontos (ponte e túnel) e existem outros dois ao longo do trecho (Morro dos Cavalos e banhado de Maracajá). Isto contabiliza apenas 5% da obra. Mesmo que seja feito depois, há garantias de que realmente serão concluídas", reforça o engenheiro.
No trecho referente ao Lote 26 (da ponte sobre o rio Capivari e a ponte sobre o rio Sangão), as obras deram um salto, explica Avani. Na parte mais urbana do projeto, no entanto, o ritmo não é lento, mas também não é aquele que todos gostariam de ver. O motivo, justifica, está na revisão de projeto pleiteado pela Triunfo.
A construtora quer alterar a forma de erguer os três viadutos (nos três trevos). "Ficará mais barato e melhor, especialmente visualmente. Os desvios já começaram a ser feitos. Vamos desviar o tráfego da BR-101 para as ruas marginais. Assim, estes três viadutos começam a ser feitos em agosto, conforme o cronograma", adianta.
Quanto ao repasse de verba para as construtores, Avani salienta que, em 30 anos de Dnit (anteriormente Departamento Nacional de Estradas e Rodagem – DNER), o pagamento nunca foi tão em dia. "Não há a menor hipótese de faltar dinheiro para a duplicação da BR-101. Não pode haver este tipo de reclamação", afirma.
Fonte: Notisul Ed.2038