"É o que eu já falei. Temos empresas empreiteiras e empresas empreiteiras. Por exemplo: em 2005, dei a ordem de serviço para fazer o trecho de Içara à praia do Rincão. Oito meses depois, estava pronta. Aqui, parece que tem caveira de burro. É uma coisa impressionante. Primeiro é uma brigaçada pela obra. A ordem de serviço sai, e cadê a obra? Leva o mandato inteiro para ser feita".
A forte crítica foi feita pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), sábado, quando cumpriu agenda política em Tubarão, às empreiteiras Confer e Saibrita, que executam as obras de asfaltamento na Guarda, em Tubarão, e na estrada do Camacho, em Jaguaruna, respectivamente.
Descontente com os poucos resultados apresentados, o governador sobrevoou o Camacho e não gostou do que viu. "Inaugurei a rodovia do Arroz, entre Guaramirim e Vila Nova, que começou depois da estrada do Camacho. Quer dizer: em todos os lugares, as obras andam com regularidade, qualidade e rapidez. Por que aqui não?", questionou Luiz Henrique.
Paralelamente, o governador garantiu que, se as empreiteiras não concluírem os serviços até o fim do ano, terão os contratos rescindidos. Quanto aos recursos, LHS reforçou aquilo já dito pelo secretário de desenvolvimento regional em Tubarão: há recursos (somente a Saibrita terá R$ 700 mil todos os meses para investir na obra) e tudo será repassado religiosamente em dia.
"Concordei em deixar, se necessário, alguma obra complementar para o próximo ano na estrada do Camacho. Mas até dezembro quero o asfalto e não tem mais negociação. O mesmo com a Guarda. Lá, a obra faz parte do BID 4 e eles têm seis meses para me entregar o asfalto e ponto final", disse em tom incisivo.
Para o governador, a única coisa boa que o estado pode tirar desta desastrosa experiência é que, nas próximas concorrências, o estado deve anular imediatamente o contrato quando a empresa ‘mergulha' no preço e não consegue fazer a obra. "Se Deus quiser, este ano, vamos começar a tirar estas caveiras de burros que têm por aí", cutuca.
Fonte: Notisul Ed.2043