O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz – Fiocruz está fazendo um levantamento quantitativo para o Censo Nacional das Crianças e Adolescentes em Serviço de Acolhimento. Nesta terça-feira (17nov), o trabalho que abrange todo o país e consiste na coleta de informações por meio da aplicação de questionários e entrevistas com os responsáveis pelos abrigos, está sendo feito na Casa Lar de Capivari de Baixo.

O objetivo deste levantamento é identificar e caracterizar a rede de serviços de acolhimento existentes no país (abrigos e programas de famílias acolhedoras), bem como as crianças e adolescentes neles atendidas. Segundo a responsável psicóloga Fabiane Araujo Chaves uma vez computados os dados são enviados para o órgão federal para que as estatísticas completas sejam obtidas em, no máximo, doze meses.

"Todos os municípios estão sendo visitados. Há nove técnicos percorrendo Santa Catarina e os estados brasileiros ainda não foram visitados na totalidade. É possível que em um ano tenhamos os resultados, a radiografia das condições gerais das instituições e famílias acolhedoras e dos atendidos", explica. A profissional já registrou os municípios Sombrio, Araranguá, Criciúma, Içara, Urussanga, Treze de Maio, Jaguaruna, Forquilhinha, Tubarão e Laguna, e considera positivo o quadro regional. "Percebemos uma boa estrutura em todos as cidades que já estivemos. Há boa organização, casas adequadas, abrigados com documentos pessoais como certidão de nascimento, RG e CPF e esses são aspectos que transmitem uma impressão positiva dos cuidados", emenda.

Na entidade de Capivari de Baixo, atualmente há seis crianças e adolescentes entre seis e 14 anos de idade, casos em situação de risco social ou físico. Há abrigados sob medida protetiva, ou seja, que estão sob a tutela do Estado até que a Promotoria dê os encaminhamos necessários para que voltem para a família de origem; porém há os casos de destituição do poder familiar, os quais a criança ou adolescente aguardam por adoção. A realidade dos atendidos, criança ou adolescente e famílias, são assistidos socialmente pelo município por meio do Centro de Referência de Assistência Social (Creas) com acompanhamento social, psicológico e jurídico, conforme a necessidade.

Para a secretária de Assistência Social Marilene Duarte Cardoso, a iniciativa federal é favorável, considerando que os resultados levem à ampliação dos recursos destinados. "Acreditamos na implantação de programas e projetos que resultem em verbas e melhoria para que o próprio município possa fortalecer o atendimento oferecido. Esta é nossa esperança", anima-se.

O governo municipal oferece todo o suporte necessário para o funcionamento do local. Em janeiro a instituição foi transferida para uma residência mais adequada, com melhores acomodações. Os serviços são mantidos com uma coordenadora, quatro mães sociais e um auxiliar de serviços gerais.

"Transferi-los para um ambiente melhor foi nossa primeira medida. E o município assume todas as despesas fixas, além de aluguel, alimentação e funcionários. Para nossa administração a Casa Lar merece cuidados bastante especiais, pois se trata de uma situação delicada, seu público é o jovem que infelizmente foi envolvido em conflitos sociais, entretanto felizmente o governo está atento e enquanto gestores municipais fazemos coro com a secretária de Assistência Social desejando que esse trabalho seja traduzido em melhorias nacionais a partir das especificidades regionais", sublinha o prefeito Luiz Carlos Brunel Alves.

Imaruí é o próximo município a ser visitado. Todas as informações estão sendo coletadas exclusivamente por meio de consulta documental e de entrevistas com os técnicos e dirigentes dos abrigos, sem a participação das crianças. A iniciativa federal conta com o apoio do Conselho Nacional de Direitos da Criança (Conanda), e do Adolescente e o Conselho de Assistência Social (CNAS).

Fonte: Secretaria de Comunicação Social | Secom
Capivari de Baixo SC