O debate sobre a discussão do Projeto Anitápolis – Impactos Econômicos, Sociais e Ambientais trouxe informações sobre as conseqüências da instalação de uma mineradora de fosfato e uma fábrica de fertilizantes para os pescadores e comunidade de todo o complexo lagunar.

A licença ambiental de instalação já foi concedida pela Fatma, mas através de uma ação judicial por conta de equívocos no relatório de impacto ambiental e contradições com a legislação ambiental, a ONG Montanha Viva conseguiu paralisar o processo na justiça.

A fábrica de fosfato da Bunge em parceria com noruegueses, a IFC, gera polêmica sobre o verdadeiro impacto que pode causar, por estar numa região de Mata Atlântica e localizada na bacia hidrográfica do rio Braço do Norte, que conseqüentemente, através de outros rios desagua no complexo lagunar.

O palestrante Jorge Albuquerque, da ONG, afirma que um simples vazamento da mina de fosfato pode contaminar uma grande quantidade de água com uma substância tóxica conhecida como selênio, o que coloca em risco vidas e toda o meio ambiente.

"Serão cerca de 400 hectares de mata atlântica devastadas para instalação da mineradora, o que irá aumentar consideravelmente o risco de erosão", diz o advogado da ONG, Eduardo Lima.

O grupo explorador terá concessão para explorar a mina durante 33 anos, após esse período o local fica sob responsabilidade do município. "E o que a prefeitura de Anitápolis irá fazer depois disso?", questiona o advogado.

Participaram do debate o vice-prefeito, Luís Fernando Schiefler Lopes, secretários municipais, vereadores e entidades representando o setor pesqueiro e ambiental.

Saiba mais:

– Anitápolis é uma região que concentra uma grande diversidade de minerais, além o fosfato, também são alvo de interesse para exploração: urânio, tório, nióbio e molibdênio.

– Entre os principais impactos ambientais estão:

Interrupção do curso o rio Pinheiros
Supressão da Vegetação Nativa
Aumento da taxa de erosão
Perdas de habitantes aquáticos
Redução de estoque de recursos naturais

– Doenças respiratórias estão entre as principais relacionadas aos trabalhadores que irão trabalhar com a mineração

– Anitápolis é um corredor que comunica a Serra Geral e a Serra Estadual do Tabuleiro.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social do Governo Municipal de Laguna