A região da Madre poderá receber o primeiro parque eólico da região sul de Santa Catarina. Em agosto, foi liberada a licença ambiental de viabilidade pela Fatma para o empreendimento em Laguna. Nesta quinta-feira, dia 3, ás 19h30min, no Centro Cultural Santo Antônio, o projeto será apresentando à comunidade através de uma audiência pública, através do relatório de impacto ambiental.
Os moradores poderão tirar dúvidas e ouvir as explicações de técnicos em relação ao empreendimento.
A responsável é a empresa Consult que atua no ramo da engenharia e do agronegócio. O grupo possui fazendas de gado há 27 anos. São nestes espaços que há a pretensão de iniciar o projeto Complexo Eólico Nova Laguna. Estão previstos cinco parques eólicos em duas áreas distintas. A primeira área, denominada de Fazenda Camacho comportará os parques I, II e III, localizando-se ao sul da segunda área, chamada de Fazenda Patural/Marmironda, que receberá os parques IV e V.
O objetivo é colocar torres, ou chamados cataventos, na região da Madre, em frente à lagoa do Camacho e outra nas margens da lagoa Santo Antônio, contabilizando uma área de aproximadamente 27 mil quilômetros quadrados.
Os cinco parques terão 60 torres de aerogeradores, com potencial energético de 150 MW (megawatt).
O prefeito Everaldo dos Santos acredita que o empreendimento será um avanço no município. "Vai gerar impostos para os cofres públicos. Queremos usar os recursos para melhorias naquelas comunidades", disse.
A expectativa é criação de 700 empregos diretos e indiretos.
Para a implantação dos parques eólicos, o investimento previsto gira em torno de R$ 600 milhões, com financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Potencial
Os olhares dos empreendedores interessados em investir na energia eólica voltaram-se para Laguna em 2001, quando o Governo Federal realizou uma vasta pesquisa sobre as regiões brasileiras capazes de receberem parques eólicos. Laguna ficou classificada como um grande potencial a ser explorado.
Como funciona
O vento gira uma hélice gigante conectada a um gerador que produz eletricidade. Quando vários mecanismos como esse – conhecido como turbina de vento – são ligados a uma central de transmissão de energia, chamada uma central eólica. A quantidade de energia produzida por uma turbina varia de acordo com o tamanho das suas hélices. Por redes de transmissão, a energia será destinada para a distribuição.
A subestação do futuro Complexo Eólico de Laguna será conectada com uma linha de transmissão de 230 kV a ser construída com aproximadamente 17 km entre o parque eólico de Laguna e a subestação de propriedade da Tractebel / Celesc, localizada no município de Capivari de Baixo em Santa Catarina. Os ramais coletores subterrâneos e aéreos do Complexo Eólico de Laguna chegarão a uma subestação geral, que vai coletar a energia e transformá-la a um nível de tensão adequado para a transmissão e a conexão com o sistema nacional de potência.
A exata localização da subestação será determinada na sequencia de discussões com os fazendeiros locais, o fornecedor de rede local (Celesc) e os projetistas elétricos.
Saiba mais:
Procure por Complexo Eólico Nova Laguna – Consult Consultoria Empreendimentos e Participações no link abaixo:
http://www.fatma.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=97&Itemid=225
Fonte: Secom PML