Três novos remédios para o tratamento de hepatite C podem começar a ser fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2015. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve priorizar a análise para o registro dos medicamentos no País, conforme pedido feito pelo Ministério da Saúde. E a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) também deve analisar, em caráter prioritário, a solicitação para inclusão dos medicamentos na lista. 

Se as análises forem aprovadas, as drogas sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir passam a ser consideradas como de primeira escolha prescritas para pacientes logo no primeiro estágio do tratamento. Assim, com o registro concedido pela Anvisa e o Conitec – de que os remédios trazem benefícios suficientes para serem incorporados ao SUS – o tratamento poderá ser ofertado para cerca de 60 mil pacientes, nos próximos dois anos. 

A análise da incorporação das medicações atende a pedidos feitos pelas associações de pacientes e por sociedades médicas. O cálculo leva em consideração a expectativa de aumento de pessoas com diagnóstico da doença e a incorporação de pacientes HIV positivos que também estejam infectados pela hepatite C. 

O vírus da hepatite C é transmitido por meio da transfusão de sangue, compartilhamento de material para uso de drogas ou de higiene pessoal, como lâminas de barbear e depilar. Também pode ser transmitido pelo compartilhamento de alicates de unha e objetos usados em tatuagens e colocação de piercings. A estimativa é de que a prevalência da doença entre a população brasileira varie entre 1,4% e 1,7%. O maior risco está na faixa etária acima de 45 anos. 

Da Agência CNM, com informações do Estado de S. Paulo