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O bambu tem mais utilidades do que muita gente pensa, ou pelo menos, merece muito mais atenção do que a sociedade tem dado à planta. Estudos mostram que em muitos casos o bambu é um substituto da madeira e deveria ser incluído entre as espécies capazes de produzir florestas plantadas.  Recentemente a Unisul e outras seis universidades tiveram um projeto aprovado no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para fazer uma ampla pesquisa sobre o bambu. A Unisul e a Ufsc ficaram responsáveis por uma parte do projeto: a propagação do bambu, que pode acontecer através do rizoma da própria planta ou através da biotecnologia, clonando a planta para fins de propagação. A propagação do bambu é, segundo especialistas, o principal entrave da cadeia produtiva, que não consegue produzir em larga escala por causa deste obstáculo. Diante disto, a Unisul e Ufsc  estruturaram seu trabalho na forma de cursos e o primeiro deles foi aplicado ontem, sobre introdução à cadeia produtiva. O ministrante foi o professor Hans Jürgen Kleine, especialista no assunto e presidente da Associação Catarinense do Bambu – BambuSC.

O evento aconteceu no auditório da AMUREL e reuniu pessoas de diversos segmentos, até de uma empresa de móveis de Tubarão, que enviou dois funcionários para começar conhecer a espécie, já que a empresa pretende incluir  laminados e painéis de bambus no rol de materiais usados na fabricação dos seus móveis.

Agreco

Hans está envolvido em outro projeto na região – e que não tem ligação com o das universidades e sim com a BambuSC–, mas que também tem o bambu como protagonista. Aproveitando-se da cadeia produtiva já consolidada da Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral – Agreco, o professor firmou uma parceria com a instituição e pretende usar a experiência dos agricultores para o benefício mútuo. “O broto do bambu para ser usado em conserva é o produto de maior valor agregado que se pode extrair da planta e a Agreco tem interesse nisto. Então, pensamos em fazer esta parceria para que além do broto pra fim comestível possamos expandir a produção, ou seja, propagar o plantio do bambu e larga escala e, assim, usarmos também para outras finalidades, que são muitas”, disse o professor.

Mais informações podem ser obtidas com o coordenador do curso de Agronomia da Unisul, Celso Albuquerque (celsohorti@gmail.com) ou com Hans Kleine (hjkleine@floripa.com.br).

Álvaro Dalmagro – Assessor de Comunicação da AMUREL