Dezenove capitais brasileiras estão em estado de alerta por conta dos elevados casos de dengue. No ano passado, nesta mesma época, 17 capitais estavam nesta situação. Portanto, houve aumento. Os dados são do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta quinta-feira, 12 de março. A LIRAa mostrou ainda que 66% dos Municípios analisados também estão em situação de risco ou alerta.
O Brasil registrou este ano 224,1 mil casos de dengue. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) noticiou, na última semana, que o aumento em relação ao mesmo período do ano passado foi de 162%. Em 2014, foram apenas 85,4 mil casos. Há dois anos, em 2013, o país viveu a pior epidemia de dengue da história. Naquele ano foram contabilizados 425,1 mil pessoas infectadas dentro de igual período.
O governo federal defende que os resultados da LIRAa devem ser usados pelos Municípios como uma ferramenta para identificar as áreas com maior infestação do mosquito. A partir daí, é possível concentrar ações de prevenção. Por outro lado, o Ministério da Saúde destaca a participação da população no combate ao mosquito transmissor da doença. Estes são os meses, historicamente, mais críticos: março e abril.
Dados regionais
Entre as macrorregiões, o Nordeste tem o maior número de Municípios com risco de epidemia. São 171 ao total. Em seguida, o Sudeste, com 54, o Sul, com 52, o Norte, com 46 e o Centro-Oeste, com 17.
Segunda a LIRAa, São Paulo é o Estado que apresenta o maior número de casos e de mortes – 35 óbitos ou 67% do total registrado em todo o País e 123.738 pessoas infectadas. Nos Municípios paulistas, a incidência da doença é de 281 a cada 100 mil habitantes. No ano passado, esse índice era de apenas 35,4. O Acre, porém, tem o maior índice: 695,4 casos por cada 100 mil habitantes. Goiás tem 401 por 100 mil.
O Nordeste é a Região com maior quantidade de criadouros do Aedes aegypti identificados em recipientes usados para armazenamento de água: 76,5%. No Sudeste, o número de focos em depósitos de água subiu de 15,7% para 21,7%. No Norte, recipientes usados para armazenar água foram responsáveis por 24,5% dos criadouros, no Centro-Oeste 24,2% e no Sul, 14,8%.
Fonte: CNM