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O quarto painel do II Seminário de Modernização da Gestão Pública fez menção ao software livre idealizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o Urbem. Ganhos de produtividade e economia foram relatados pelo prefeito de Bom Despacho (MG), Fernando José Cabral. Ele falou sobre a corrupção e a ineficiência administrativa. Dois problemas que têm sido superados pela administração desta cidade mineira.

Esses dois problemas não permitem que os governos entreguem resultados para a população, assegura Cabral. “De 1% a 5% da arrecadação bruta municipal se perdem na corrupção. A ineficiência é ainda pior. São perdidos até 20% do orçamento. Alguns podem achar que é exagero, mas não é. É importante enfrentar a ineficiência para darmos resultados aos cidadãos.”

Alguns exemplos foram mencionados pelo prefeito de Bom Despacho (MG). “Passamos a cobrar dos sonegadores. Fomos à tesouraria para resolver o problema de arrecadar menos e gastar mais. Em Minas, a companhia de água dá 50% de desconto para quem paga em dia. Antes pagava-se com multas e juras, agora estamos com até 30% em todas as contas – economia de R$ 200 mil por ano. A mesmo coisa acontecia com a energia elétrica”, contou.

Depois de outros exemplos, Cabral mencionou que, para ter eficiência, é preciso de uma ferramenta que ajude com o controle e evite a corrupção. “E nesse sentido, nosso carro-chefe é o Urbem.”

Outras apresentações
Fernando Torres, da Federação de Municípios do México, falou da equidade de gênero em favor da boa administração. “Uma questão que pode parecer moda, mas é obrigação é a equidade de gênero. Hoje no México existe uma política na qual todas as questões desse tema está desenhada na política para que, do mais modesto até o mais alto servidor, atenda essa questão da violência de gênero. Somos a cidade das mulheres. Relato que é um programa de modernização.”

Gilberto Toro, da Federação Colombiana de Municípios, comentou a necessidade de recursos para modernizar a gestão. “No dia que na Colômbia tivermos a cultura da internet ninguém precisaria para uma prefeitura, porque tudo poderia ser feita de casa. Mas, nós não podemos ter medo das parcerias público-privada. Os Municípios não têm recursos para atender todas as necessidades das pessoas. Podemos resolver os problemas com recursos privados”, defendeu.