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Pela aniversário de 10 anos completados nessa segunda-feira, dia 8, Vinícius Bombazar ganhou antecipadamente ainda no fim de semana todos os mimos da família. Mas no dia de aniversário, Vinícius recebeu outro presente; quase uma missão: a possibilidade de plantar árvores nativas numa nascente desprotegida, na propriedade do primo, Clésio Bombazar, e entrar para a história junto com a sua turma de escola, por ter contribuído num projeto ambiental importante.

Vinícius é aluno do 5º ano da Escola Municipal de Educação Básica Martha Cláudio Machado, na comunidade rural de Brusque do Sul, interior de Orleans, próxima da zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra Furada. A professora da turma, Evandra Rabelo Bombazar é esposa de seu Clésio, e convenceu o marido a permitir que o Comitê da Bacia do Rio Tubarão doasse as mudas necessárias para a recuperação da nascente, com a condição de que o local fosse cercado e protegido dentro das normas técnicas. Parece estranho que precise tanta diplomacia para proteger uma nascente, mas não é. “Nesta outra nascente que eu protegi por conta própria tive problemas com meus irmãos, mas hoje já está tudo resolvido”, conta seu Clésio, mostrando uma nascente protegida a uns 200 metros de distância da nascente que recebeu a proteção agora, com a ajuda do Comitê da Bacia. “Para protegermos uma nascente precisamos em primeiro lugar do consentimento dos proprietários. Depois, havendo recursos financeiros para as mudas e o cercamento, damos prosseguimento”, explica Patrício Fileti, funcionário da Amurel cedido para os trabalhos do Comitê da Bacia. Na nascente de seu Clésio e Evandra foi diferente, pois o cercamento ficou por conta dos proprietários.

Patrício orientou e acompanhou o plantio. Ele e todos os presentes botaram as mãos na terra sem medo de se sujar, inclusive as professoras da escola. A bióloga da Fatma Vanessa Mathias Bernardo e o técnico administrativo André Luiz Fernandes, ambos lotados na Unidade de Conservação do Parque Estadual da Serra Furada também participaram das atividades. Os dois também contribuíram na identificação da nascente desprotegida

Antes do trabalho de campo o grupo passou pela sala de aula da turma e esclareceu aos alunos alguns aspectos dos recursos hídricos da região e a importância do Comitê da Bacia e da Fatma para o meio ambiente regional. Patrício Fileti entregou à escola um mapa da bacia hidrográfica e a cada aluno e à professora um exemplar da revista científica produzida pelo Comitê, que trata dos mais diferentes temas do ecossistema regional.

Com esta, sobe para 53 o número de nascentes protegidas pelo Comitê da Bacia, em parceira com os proprietários das mesmas e de outras entidades.