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Lideranças políticas, comunitárias e empresariais reuniram-se na tarde desta quinta-feira (18) para a segunda audiência para tratar da futura exploração pela iniciativa privada da rodovia BR-101, trecho Sul, que vai de Paulo Lopes a São João do Sul. A audiência em Criciúma foi a segunda de três previstas: A primeira, em Brasília, precisou ser transferida e será a última. A primeira, então, aconteceu em Florianópolis, ontem (17). Elas são promovidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Cerca de 600 pessoas foram ao Sisos Hall para ouvir as considerações dos representantes da ANTT sobre a implantação dos pedágios no trecho Sul. Poucas pessoas da plateia participaram da audiência na Capital. Os demais, pouco conheciam do plano. E o que se seguiu não agradou a nenhuma das mais de 50 pessoas que se inscreveram previamente para garantir o direito à fala.

O primeiro a falar foi o deputado federal – e senador eleito – Esperidião Amin, que solicitou a antecipação de sua participação em razão de viagem aérea. Pediu para representar os demais parlamentares presentes na solicitação que fez aos representantes da ANTT para as sugestões apresentadas hoje e até dia 11 de novembro – prazo final – sejam levadas ao conhecimento dos parlamentares a tempo de haver mais debate.

O prefeito de Tubarão Joares Ponticelli manifestou preocupação quanto às obras complementares já solicitadas ao governo federal antes mesmo do anúncio da exploração privada da BR-11, e a negativa do mesmo sobre a possibilidade de atendimento. “Procuramos o Denit um ano atrás para tentar resolver um problema sério que teremos assim que a rodovia Ivane Fretta estiver funcionando, que é a pavimentação de 850 metros ligando a saída dela, no trevo Norte de Tubarão, até o posto de gasolina ao Sul. Nos disseram que não tem dinheiro. A ligação lateral entre Capivari de Baixo e Tubarão também não aconteceu, como previa o projeto da duplicação. Que garantia teremos de que estas obras vão acontecer depois da implantação dos pedágios? Também precisamos ficar atentos para que a tarifa seja justa e que o número de praças seja menor. Do jeito que está é um exagero”, questionou o prefeito.

Pela proposta da ANTT trecho Sul terá quatro praças de pedágio, o que dá uma praça a cada 50 km, em média, muito mais perto dos 78 km de distância entre os pedágios no trecho Norte da rodovia. Esta foi a queixa mais ouvida polos representantes da ANTT. A outra, foi o valor R$ 4,20 (já que o de R$ 3,97 apresentado refere-se à data-base de 2016). No trecho Norte o valor é R$ 2,70.

Algumas manifestações pediram mais prazo no cronograma da ANTT para que a região tenha tempo de conhecer e entender a planilha de custos operacionais, despesas, investimentos, elaborada pelo órgão federal, e os critérios usados pelo mesmo. O governo pretende implantar o pedágio até o final de 2019.

 

Apesar de a audiência ser um evento consultivo e não deliberativo, houve até quem pedisse a anulação dela, em razão de o país estar em fim de governo. O interessante é que das manifestações de contrariedade à proposta apresentada, ninguém disse que era contra a implantação dos pedágios.

A Amurel estava representada por vários prefeitos, vices, vereadores, pelo presidente da entidade, prefeito de São Martinho Robson Back, e pelo diretor executivo Celso Heidemann.

Álvaro Dalmagro – Assessoria de Comunicação