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O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar adquiriu um equipamento conhecido como Garrafa Van Dorn, que contribuirá com o auxílio do monitoramento da presença de cunha salina no rio Tubarão. Esta alteração da água tem impactado no processo de captação de água bruta da Estação de Tratamento de Esgoto que abastece Tubarão e Capivari de Baixo, afetando também a captação de água utilizado no sistema de refrigeração das Usinas Termoelétricas da ENGIE, bem como tem impactos negativos na rizicultura.


Com capacidade para dois litros, o equipamento é utilizado para coletar amostras estratificadas especificamente de águas mais profundas, com o objetivo de realizar estudos abióticos, e foi adquirido com recursos do próprio Comitê, a partir de contribuições feitas por apoiadores, entre eles a Engie, Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) e um conjunto de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s).


O equipamento ficará à disposição das entidades que integram o Comitê, devendo, portanto, ser contatado o Secretário Executivo, Patrício Higino de Mendonça Fileti, na sede da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel) para que faça as tratativas necessárias para a disponibilização.


Desde que foi detectada a presença da intrusão de cunha salina nas águas do Rio Tubarão e decretado estado de calamidade pública, na segunda quinzena de abril, o Comitê Tubarão tem participado de todo o processo de monitoramento e suporte técnico, em apoio ao Governo Municipal de Tubarão.


A situação da qualidade da água bruta captada para a ETA (Estação de Tratamento de Água) tem potencial de impactar o abastecimento de água potável em Tubarão e Capivari de Baixo. Razão disso é o fato de que o único exutório da nossa bacia se conecta à Lagoa de Santo Antônio, via rio Tubarão, e ao mar pela Barra da Laguna. Por influência de marés, combinadas com a estiagem prolongada, o avanço e a permanência da intrusão da cunha salina no rio já atingem o ponto de captação da ETA, distante a mais de 30 quilômetros da foz do rio.


Uma das ações do Comitê tem sido a realização de campanhas de medições diárias, monitorando a condutividade elétrica e salinidade da água, nível do rio com relação ao nível do mar, vazão e nível das marés.